Vulcão na Islândia entra em erupção pela quinta vez em menos de um ano
Escritório Meteorológico alertou que lava atinge 'altura de pelo menos 50 metros' e 'poluição gasosa pode ocorrer na região da capital'
Uma fissura vulcânica de 2,4 quilômetros entrou em erupção na quarta-feira 29 na península de Reykjanes, na Islândia. Para fugir do magma, os moradores da cidade de Grindavík, próxima ao vulcão, foram retirados de suas casas. Segundo o Escritório Meteorológico da Islândia, a lava atingiu as estradas Grindavík e Nesvegur, impossibilitando deslocamentos. É a quinta vez que a península registra uma erupção desde dezembro.
“Pouco antes das 16h (hora local), uma atividade explosiva começou quando o magma entrou em contato com as águas subterrâneas, onde uma lava flui para uma fissura perto de Hagafell”, explicou o gabinete meteorológico do país em nota “O magma faz com que a água seja rapidamente convertida em estado gasoso (vapor), provocando explosões de vapor e queda de tefra (cinzas)”.
O comunicado alertou também que a erupção atingiu uma altura “de pelo menos 50 metros” e que a capital pode ser alvo de “poluição gasosa” ainda nesta quinta-feira, 30.
Como consequência, os hóspedes do vizinho spa geotérmico Blue Lagoon, maior atração turística da Islândia, bateram em retirada. A erupção também trouxe problemas para a usina de Svartsengi, responsável por fornecer eletricidade e água mais de 30 mil pessoas. Embaixo dela, estão acumulados 20 milhões de metros cúbicos de rocha derretida. A central, que opera de maneira parcialmente remota desde dezembro, também foi evacuada.
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Cidade esvaziada
A maioria dos 4 mil residentes de Grindavík abandonaram suas casas em novembro, sob aviso das erupções que ocorreriam entre dezembro e março. Três casas foram engolidas pela lava em janeiro, arruinando também as ruas da cidade. Mas parte dos moradores retornaram aos bairros menos expostos nos meses seguintes.
O episódio de quarta-feira ocorre apenas três semanas após o fim de uma erupção que atingiu a região em 16 de março. Até o primeiro trimestre de 2021, a península de Reykjanes não via um vulcão ativo há 800 anos. Acredita-se que uma nova era de atividade sísmica tenha sido iniciada na região, trazendo mais dor de cabeça para os meteorologistas islandeses.