O presidente da China, Xi Jinping, e seu colega russo, Vladimir Putin, participarão da cúpula do G20 na ilha de Bali, na Indonésia, em novembro, disse um assessor do presidente indonésio nesta sexta-feira, 19.
Andi Widjajanto – conselheiro não oficial do presidente Joko Widodo – disse à agência de notícias Reuters que os líderes chineses e russos compareceriam ao evento. Anteriormente, o próprio Widodo disse à emissora Bloomberg News que ambos os líderes lhe garantiram que iriam à cúpula.
O Ministério das Relações Exteriores chinês não respondeu imediatamente a pedidos de comentário da mídia internacional. Enquanto isso, um funcionário do Kremlin disse à agência, sob condição de anonimato, que Putin planejava comparecer.
A viagem seria significativa, pois seria a primeira vez de Xi fora da China desde janeiro de 2020, quando visitou Mianmar. Desde então, Xi fez sua única viagem fora do continente chinês em 30 de junho, visitando Hong Kong para marcar o 25º aniversário de sua transferência do controle britânico para o chinês.
A China mantém uma política de Covid-zero que praticamente fechou suas fronteiras para viagens internacionais, e Xi tenta liderar por exemplo. Antes de ir a Bali, espera-se que ele assegure um terceiro mandato de liderança do país durante um congresso do Partido Comunista.
Autoridades chinesas também estão fazendo planos para uma reunião em novembro no sudeste da Ásia entre Xi e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O americano também participará da cúpula do G20 em Bali.
Como chefe do G20 este ano, a Indonésia enfrentou pressão de países ocidentais para retirar seu convite a Putin devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.
A Indonésia também convidou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para participar.
Widodo procurou se posicionar como mediador do conflito e, nos últimos meses, viajou para se encontrar com os presidentes ucraniano e russo para pedir o fim da guerra e buscar maneiras de aliviar a crise alimentar global.
Esta semana, Widodo disse que ambos os países aceitaram a Indonésia como uma “ponte de paz”.