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Xi Jinping insta União Europeia a se opor contra ‘bullying’ de Trump

Presidente chinês falou pela primeira vez publicamente sobre o assunto durante encontro com premiê espanhol

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 11 abr 2025, 08h54

Em primeiros comentários públicos desde que Donald Trump lançou sua ofensiva tarifária, o presidente da China, Xi Jinping, disse nesta sexta-feira, 11, ao primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que a China e a União Europeia devem se unir em defesa da globalização e se opor aos “atos unilaterais de bullying” dos Estados Unidos.

“A China e a UE devem cumprir suas responsabilidades internacionais, salvaguardar conjuntamente a tendência da globalização econômica e o ambiente de comércio internacional e se opor conjuntamente a atos unilaterais de bullying”, disse Xi durante recepção em Pequim ao premiê espanhol.

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Segundo Xi, “não há vencedores” em uma guerra comercial. Em resposta, Sánchez afirmou que Pequim e Washington precisam dialogar para apaziguar a situação, pedindo também uma relação mais equilibrada entre Pequim e os países da UE.

Enquanto Trump pausou por 90 dias tarifas recíprocas sobre todos os países, as taxas sobre a China foram elevadas. Na quinta-feira, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse ter recebido com “satisfação” a decisão, anunciando também uma pausa nas contratarifas planejadas contra os EUA, que cobririam o cerca de 23,2 bilhões de dólares em produtos americanos.

Mais cedo, nesta sexta-feira, a China anunciou que vai aumentar as tarifas sobre produtos dos Estados Unidos de 84% para 125%, em resposta à decisão de Donald Trump de elevar as taxas sobre Pequim também para 125%, além de um imposto já existente de 20%, o que resulta em tarifas totais de 145%. A informação foi confirmada pelo Ministério das Finanças chinês e a contramedida entrará em vigor neste sábado.

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“A imposição de tarifas anormalmente altas pelos EUA à China viola seriamente as regras comerciais internacionais e econômicas, as leis econômicas básicas e o bom senso, além de ser uma forma completamente unilateral de intimidação e coerção”, afirmou a pasta em comunicado.

A China, informou o Ministério do Comércio do país, também tomará medidas resolutas e lutará até o fim se os Estados Unidos insistirem em continuar a infringir os interesses chineses de forma substancial. Segundo a pasta, se Trump continuar a impor tarifas adicionais, Pequim irá ignorá-las.

“A imposição repetida de tarifas anormalmente altas pelos EUA à China se tornou um jogo de números e não tem significado econômico prático”, diz a declaração, acrescentando que a China pede aos EUA que “deem um grande passo à frente na eliminação das chamadas ‘tarifas recíprocas’ e corrijam completamente suas práticas ilícitas”.

Trump, por sua vez, afirmou que a China “quer fazer um acordo, eles simplesmente não sabem como fazer isso”. “Eles são pessoas orgulhosas. O presidente Xi é um homem orgulhoso. Eu o conheço muito bem. Eles não sabem muito bem como fazer isso, mas vão descobrir”, disse o presidente americano.

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