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Zelensky desrespeitou os EUA e não está pronto para paz, diz Trump após reunião conturbada

Coletiva de imprensa marcada para após encontro foi cancelada, assim como assinatura do acordo de minerais entre os dois países

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 fev 2025, 17h52 - Publicado em 28 fev 2025, 17h28

A esperada reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, foi marcada por um tenso bate-boca. O resultado: a coletiva de imprensa marcada para após o encontro foi cancelada, assim como a assinatura de um acordo sobre minerais que permitiria que os EUA explorassem terras-raras espalhadas pelo subsolo ucraniano, uma espécie de compensação – cobrada por Trump – pela ajuda militar dada por Washington a Kiev.

Em publicação nas redes sociais, após o encontro, Trump disse que Zelensky “desrespeitou” os Estados Unidos e que poderá voltar à Casa Branca apenas “quando estiver pronto para a paz”.

“Eu determinei que o presidente Zelensky não está pronto para a paz se a América estiver envolvida, porque ele sente que nosso envolvimento dá a ele uma grande vantagem nas negociações”, escreveu o republicano. “Eu não quero vantagem, eu quero paz. Ele desrespeitou os Estados Unidos da América no querido Salão Oval.”

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O presidente da Ucrânia viajou à capital americana nesta sexta-feira para assinar um acordo com o governo Trump que daria a empresas americanas acesso privilegiado às terras-raras no subsolo nacional. O país tem depósitos de 22 dos 34 minerais identificados como “críticos”, de acordo com dados ucranianos, incluindo materiais industriais e de construção, ferroligas, metais preciosos e não ferrosos e alguns elementos de terras-raras. As reservas de grafite no país, um componente-chave em baterias de veículos elétricos e reatores nucleares, representam 20% dos recursos globais.

Mediante o acordo, os Estados Unidos e a Ucrânia estabeleceriam um fundo de investimento de reconstrução para coletar e reinvestir receitas de fontes ucranianas, incluindo minerais, hidrocarbonetos e outros materiais extraíveis. Kiev contribuiria para o fundo com 50% da receita, subtraindo despesas operacionais, até que as contribuições atinjam a soma de 500 bilhões de dólares.

Washington, por sua vez, estabeleceria um compromisso financeiro de longo prazo para o desenvolvimento de uma “Ucrânia estável e economicamente próspera”. Mas a constrangedora discussão entre Trump e Zelensky, que teve palco no Salão Oval, na Casa Branca, arruinou os planos.

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+ Por que o governo Trump quer os minerais da Ucrânia?

Clima tenso

Questionado por repórteres sobre sua mensagem aos aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que estão preocupados com a política expansionista do presidente russo, Vladimir Putin, e com as concessões do governo americano a Moscou na abertura das negociações sobre o fim da guerra na Ucrânia, o republicano não só minimizou o problema, mas atacou Kiev.

Primeiro, respondeu dizendo que está alinhado tanto com a Rússia quanto com a Ucrânia, porque caso contrário ele nunca conseguiria um acordo para o fim das hostilidades. Depois, disse que se recusa a “dizer coisas terríveis sobre Putin”, o que tornaria as negociações difíceis.

“Não estou alinhado com ninguém. Estou alinhado com os Estados Unidos da América e o bem do mundo. Eu estou no meio, sou a favor tanto da Rússia quanto da Ucrânia”, afirmou. “Quero resolver isso.”

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Mas então, em dado momento, Trump disse a Zelensky, ao seu lado, que o ucraniano tinha “que ser grato” a ele, além de acusá-lo de “arriscar uma Terceira Guerra Mundial”.

Zelensky, por sua vez, resistiu. Ele pediu que o presidente americano não faça “nenhum acordo com um assassino” e trouxe à tona a importância de salvaguardas “cruciais” para garantir a sustentabilidade de qualquer acordo de paz.

A certa altura, Trump impediu Zelensky de responder a uma pergunta da imprensa, interrompendo-o bruscamente mesmo depois do ucraniano dizer: “Por favor, me deixe responder”. Em seguida, o republicano afirmou que a Ucrânia não será capaz de ganhar a guerra, que o país está destruído e que é preciso fazer um acordo de paz.

O vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, também acusou Zelensky de vir a Washington para atacar membros do governo Trump de forma desrespeitosa, dizendo que ele não está em posição de ditar de que forma os americanos devem se sentir.

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Anteriormente, o americano havia elogiado o Exército ucraniano (“incrivelmente corajoso”) por resistir à invasão russa por três anos. No entanto, afirmou que o principal ponto do acordo sobre os minerais ucranianos, que deve ser assinado após a coletiva de imprensa em uma bilateral a portas fechadas, é que “vocês não vão voltar a lutar”.

O presidente dos Estados Unidos também declarou que, embora a Ucrânia tenha que fazer concessões no contexto de um pacto para o fim da guerra, é apenas porque “não se pode fazer acordos sem concessões”.

No fim da reunião transformada em bate-boca, Trump ameaçou Zelensky: “Ou você faz um acordo ou estamos fora”.

“O problema é que eu o capacitei para ser um cara durão, e não acho que você seria um cara durão sem os Estados Unidos. E seu povo é muito corajoso. Mas ou você faz um acordo ou estamos fora”, afirmou. “Você não tem as cartas. Assim que assinarmos o acordo, você estará em uma posição muito melhor. Mas não está agindo de forma agradecida, e isso não é uma coisa boa”, concluiu, antes de encerrar o encontro.

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