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Sociedade Americana reduz idade para tratar TDAH

Segundo as novas diretrizes, crianças entre 4 e 5 anos poderão ser tratadas com remédio se não responderem aos tratamentos comportamentais

Por Da Redação
17 out 2011, 12h15

O déficit de atenção e de hiperatividade (TDAH) agora pode ser diagnosticado em crianças a partir de 4 anos e até 18 anos de idade, segundo uma nova diretriz apresentada no domingo pela Academia Americana de Pediatria. Nas diretrizes anteriores, lançadas em 2000 e 2001, havia somente orientações sobre o diagnóstico e tratamento para crianças com idades entre 6 e 12 anos.

“Tratar uma criança enquanto ela é pequena é importante porque nós aumentamos as chances de elas serem bem-sucedidas na escola”, diz Mark Wolraich, pediatra da Universidade de Ciências da Saúde em Oklahoma e autor do novo guia para os médicos. O déficit de atenção e hiperatividade é o distúrbio neurológico do comportamento mais comum nas crianças – em 2007, 9,5% das crianças receberam o diagnóstico de TDAH nos Estados Unidos.

Em crianças com idade entre 4 e 5 anos, os médicos devem priorizar o tratamento com terapias comportamentais. Se todas as estratégias falharem e se as crianças continuarem com problemas que repercutam em sua vida cotidiana, os especialistas devem prescrever o metilfenidato (remédio comercialmente conhecido como Ritalina). Para crianças mais velhas e adolescentes, tanto a terapia comportamental quanto a droga são estratégias recomendadas.

Diagnóstico – Embora as novas diretrizes permitam que crianças a partir dos 4 anos sejam diagnosticadas, há um grande desafio no diagnóstico dos pequenos com essa idade. Isso porque, segundo Wolraich, essas crianças são muito pequenas para já estarem na escola e estão apenas sob a supervisão dos pais. Por isso, há dificuldade para confirmar os comportamentos com as opiniões de professores ou funcionários de uma creche, por exemplo.

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Na hora de fazer diagnóstico das crianças menores, os médicos devem acompanhar os sintomas durante nove meses – tempo maior que os seis meses necessários para as crianças mais velhas.

Segundo Wolraich, os pequenos com o problema costumam ter mais chances de se envolver em confusão e de uma expulsão de programas de educação pré-escolar. Em alguns casos, os pais devem procurar uma orientação mais específica para aprender a lidar com o comportamento de seus filhos e ajudá-los no tratamento.

Já o diagnóstico dos adolescentes requer uma conversa com outros adultos, além dos pais. Os médicos devem procurar informações de professores, técnicos, conselheiros e outros adultos que interajam com os jovens.

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“Como é uma doença crônica, você deve tentar todas as estratégias necessárias para melhorar essa condição, incluindo a educação da família e também o acompanhamento da criança durante o crescimento”, diz Wolraich.

As novas diretrizes serão publicadas na edição de novembro do periódico científico Pediatrics.

Confira 16 perguntas para entender o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade:

*O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.

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