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13, o número que ajuda a contar a história de Zagallo

Ex-jogador e treinador usava sempre o número que lhe trazia sorte no futebol

Por Da redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 16h34 - Publicado em 6 jan 2024, 00h49
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  • A obsessão de Mario Jorge Lobo Zagallo pelo número 13 surgiu por causa de Alcina de Castro Zagallo, sua mulher por 57 anos (ela morreu em 2012). Ela era devota de Santo Antônio, que tem o dia celebrado em 13 de junho, e por isso surgiu sua incansável busca pelas treze letras. Os dois se casaram no dia 13 de janeiro de 1955. Como jogador, Zagallo mudou o número de sua camisa por causa da superstição. Era 11 e virou 13. Ele morava no 13º andar de um prédio no Rio de Janeiro e seu carro tinha placa 1313.

    Na Copa de 1994, o técnico era Carlos Alberto Parreira e Zagallo, seu braço-direito. Como o treinador titular não gostava muito de entrevistas, Zagallo (três vezes campeão como jogador e prestes a vencer como coordenador-técnico) fazia a alegria de jornalistas e do público com suas contas. Somava letras e palavras em busca de mais um 13.

    A classificação do país para a Copa foi sofrida e se deu sobre o Uruguai, numa apresentação de gala de Romário. “Brasil + Uruguai dá 13”, antecipou Zagallo. Em entrevista publicada por VEJA pouco antes da final de 1994, ele explicou que, por causa do número 13, tinha certeza do título naquela competição. “Ganhei pela primeira vez em 58. Cinco mais oito é igual a treze”, disse ele. “Vou ganhar em 94. Nove e quatro são treze também”, afirmava antes do jogo contra a Itália e a algumas horas do tetracampeonato.

    Felipão, Branco, Parreira, Bellini, Zagallo e Carlos Alberto Torres, campeões do mundo pela seleção, reunidos em 2002, no Rio de Janeiro
    Felipão, Branco, Parreira, Bellini, Zagallo e Carlos Alberto Torres, campeões do mundo pela seleção, reunidos em 2002, no Rio de Janeiro. (Antonio Scorza/AFP/VEJA)

    Em 1998, era o treinador, mas o título na Copa da França não veio. A crença, no entanto, o fez acreditar até o fim na que seria a sua quinta conquista nacional em Copas. Afinal de contas, dizia Zagallo, “Brasil campeão tem 13 letras”.

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    Em 1999, meses depois da derrota na final da Copa da França, Zagallo voltou aos clubes e deixou temporariamente a seleção. Em sua apresentação na Portuguesa, explicou que a escolha do hotel na capital paulista não foi das mais fáceis. Exigiu uma vaga no 13º andar e aceitou a contragosto o apartamento 1.312. “O 1.313 já estava ocupado”, justificou. Zagallo voltou à seleção, outra vez auxiliando Parreira, agora na Copa de 2006. Tinha certeza da vitória na estreia porque “Brasil + Croácia dá 13”. A partida terminou 1 a 0 para os brasileiros.

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