O Corinthians venceu o Palmeiras neste sábado, 2, por 1 a 0, no Allianz Parque, em partida válida pela quinta rodada do Campeonato Paulista. Foi o primeiro clássico em jogos oficiais dos dois times em 2019. O gol da vitória foi marcado por Danilo Avelar, no começo da partida.
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O Palmeiras sofreu a primeira derrota no torneio e perdeu uma invencibilidade de 13 jogos, considerando a temporada passada. Foi a quarta vitória do Corinthians em sete clássicos disputados na nova arena do clube alviverde.
No primeiro duelo entre os treinadores Fábio Carille e Luiz Felipe Scolari, o corintiano levou a melhor apostando no esquema vitorioso em 2017: força defensiva e eficiência nas raras oportunidades criadas. O time abriu o placar e se fechou na defesa. O time de Felipão teve maior posse de bola, fez vários cruzamentos na área, mas teve poucas chances efetivas. Faltou criatividade.
O clássico foi quente, com seis cartões amarelos e um vermelho, para o atacante Deyverson, e repleto de discussões. Nem de longe parecia um jogo do início da fase de classificação.
A escolha de Fábio Carille por Mateus Vital, pelo lado direito, e Sornoza, centralizado, revelou uma proposta de jogo do Corinthians: recompor o meio de campo, marcar forte e valorizar a posse de bola. Era uma ideia aparentemente defensiva que escondia, na verdade, uma armadilha. Com a região central congestionada, o Corinthians pressionava a saída de bola, tentando explorar o erro dos zagueiros na saída de bola.
Foi assim que o time abriu o placar aos 7 minutos. Após cobrança de falta de Sornoza, Gustavo cabeceou e Weverton fez grande defesa, mas a bola sobrou para Danilo Avelar, que abriu o placar. A origem de todo o lance foi uma marcação forte na saída de bola que obrigou o zagueiro Gustavo Gómez a errar. No primeiro ataque, o Corinthians conseguiu explorar a habilidade de Gustavo para cabecear – ele conseguiu vencer a concorrência de Boselli e Vagner Love e começou o clássico como titular. Foi apenas o segundo gol que o Palmeiras sofreu em 2019.
O time alviverde respondeu em seguida. Apostando sempre no lado esquerdo, buscando a aproximação entre Dudu, Diego Barbosa e Lucas Lima, o time acertou a trave após a finalização de Dudu, que desviou na zaga.
A boa chance foi o símbolo do domínio territorial do time da casa. Tomando a iniciativa do jogo, o Palmeiras sempre rondava a área do rival. O time conseguiu finalizar com mais perigo depois que Felipão inverteu a posição de Dudu, que foi jogar pela direita. A mudança foi fundamental para que as chances se tornassem mais frequentes. Na casa dos 30 minutos, foram duas. Borja e Carlos Eduardo finalizaram na pequena área, mas desperdiçaram as boas oportunidades.
Embora criasse boas chances, os palmeirenses mostraram irritação com o placar adverso em casa e a tentativa do Corinthians de ganhar tempo em todas as cobranças. Com isso, Felipe Melo e Bruno Henrique receberam cartão amarelo.
A temperatura de 35 graus ao longo do primeiro tempo prejudicou o ímpeto do Palmeiras. Desempenhos individuais irregulares, como os de Lucas Lima e Carlos Eduardo, também prejudicaram o time. No caso de Carlos Eduardo, a torcida perdeu a paciência ainda no primeiro tempo com algumas vaias após uma sequência de jogadas equivocadas. No intervalo, ele acabou substituído por Felipe Pires.
Felipão mostrou que estava insatisfeito com o ataque quando também trocou Borja, que vinha perdendo o duelo individual com Manoel, por Deyverson. A torcida delirou, pois Dudu era o único atacante efetivo da equipe até então.
O Palmeiras conseguiu empurrar o rival para o campo de defesa. Não houve nenhuma chance evidente, mas continuava perto da área. Esse domínio ficava evidente em um lance específico: o time de Felipão venceu quase todas as disputas áreas no ataque, principalmente com Gustavo Gómez e Luan. A equipe visitante praticamente não finalizou no segundo tempo. Conseguiu organizar apenas um contra-ataque, aos 39 minutos, quando Gustavo quase marcou.
O final do jogo acirrou a tensão, presente em toda a partida. Além dos seis cartões amarelos, Deyverson foi expulso por ter cuspido no volante Richard. O lance foi um exemplo da irritação do Palmeiras com o placar adverso em casa para o maior rival.
(Com Estadão Conteúdo)