As frases de Jair Bolsonaro
Thomas Traumann analisa as declarações polêmicas dadas pelo presidente da República nos últimos dias
Jair Bolsonaro sempre foi um político boquirroto, mas na última semana ele se superou. Ameaçou fechar a Ancine se a agência financiar filmes que ele desaprove. Sem nenhum dado concreto, ele descartou pesquisas do Inpe sobre desmatamento e acusou os cientistas de estarem a serviço de organizações estrangeiras.
Também chamou os governadores do Nordeste de “paraíbas”, um pejorativo típico do Rio de Janeiro. Classificou um general da reserva como melancia, verde por fora e vermelho por dentro, porque o militar o havia criticado. Ainda insinuou que Glenn Greenwald cometeu crime por divulgar mensagens captadas por um hacker, que o jornalista era ‘malandro’ por ter se casado com um brasileiro e o ameaçou de prisão.
Nos seus momentos mais desumanos, Jair Bolsonaro colocou em dúvida a tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão e ao mesmo tempo justificou as atrocidades ocorridas com ela por ter sido guerrilheira. Só que Miriam não foi guerrilheira. Nesta segunda-feira, ele caçoou da dor do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, cujo pai desapareceu preso pela ditadura militar quando ele tinha apenas 2 anos.
O que faz um presidente da República se sentir tão poderoso a ponto de falar tantos ultrajes?
O jornalista Thomas Traumann analisa os últimos atos do presidente neste episódio do podcast Traumann Traduz: