Jair Bolsonaro sempre foi um político boquirroto, mas na última semana ele se superou. Ameaçou fechar a Ancine se a agência financiar filmes que ele desaprove. Sem nenhum dado concreto, ele descartou pesquisas do Inpe sobre desmatamento e acusou os cientistas de estarem a serviço de organizações estrangeiras.
Também chamou os governadores do Nordeste de “paraíbas”, um pejorativo típico do Rio de Janeiro. Classificou um general da reserva como melancia, verde por fora e vermelho por dentro, porque o militar o havia criticado. Ainda insinuou que Glenn Greenwald cometeu crime por divulgar mensagens captadas por um hacker, que o jornalista era ‘malandro’ por ter se casado com um brasileiro e o ameaçou de prisão.
Nos seus momentos mais desumanos, Jair Bolsonaro colocou em dúvida a tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão e ao mesmo tempo justificou as atrocidades ocorridas com ela por ter sido guerrilheira. Só que Miriam não foi guerrilheira. Nesta segunda-feira, ele caçoou da dor do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, cujo pai desapareceu preso pela ditadura militar quando ele tinha apenas 2 anos.
O que faz um presidente da República se sentir tão poderoso a ponto de falar tantos ultrajes?
O jornalista Thomas Traumann analisa os últimos atos do presidente neste episódio do podcast Traumann Traduz: