Em um momento de desgaste da Operação Lava Jato, a Câmara aprovou projeto que pune o abuso de autoridade. O texto define penas para vários tipos de ilícitos. Magistrados, por exemplo, serão punidos com detenção de um a quatro anos ao decidirem pela prisão preventiva sem amparo legal. Abertura de investigação sem indícios de crime e obtenção de prova por meio ilícito também são algumas das práticas enquadradas como crime de abuso.
Dora Kramer considera que houve um certo abuso das autoridades parlamentares, já que a votação foi em regime de urgência, sem voto nominal, num momento em que a Lava Jato está fragilizada e em que Jair Bolsonaro muda de posição na questão do combate à corrupção por causa do envolvimento de familiares e amigos em questões que exigem investigações. Para ela, a população vai ficar contra isso e causará um dilema no presidente.
Ricardo Noblat avalia a lei como um atraso. Na opinião dele, a aprovação era uma pedra cantada, já que o Congresso estava incomodado com os resultados da Lava Jato e queria dar um freio na atuação dos procuradores.
Augusto Nunes afirma que a lei aprovada é uma indecência e vai permitir que o fora da lei vai dar voz de prisão a quem defende a lei baseado na lei. Ele diz que Bolsonaro deve vetar o texto aprovado ao menos parcialmente ou vai arriar uma das suas bandeiras de campanha.
Os colunistas de VEJA também criticam a forma que o governo Bolsonaro age com as questões do meio ambiente, o que prejudica até as relações internacionais do Brasil. Augusto Nunes, Dora Kramer e Ricardo Noblat ainda comentam a situação política na Argentina.