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A estratégia de Lula por trás da declaração sobre a ‘química’ com o papa

O colunista Robson Bonin, de Radar, comentou o episódio no programa Ponto de Vista, de Marcela Rahal

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Marcela Rahal Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 out 2025, 16h28

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva volta a colocar em prática a estratégia de transformar a agenda internacional em palco de campanha. É o que avalia o colunista de Radar, Robson Bonin, ao comentar as declarações do petista após o encontro com o papa Leão XIV e as recentes falas sobre o conflito no Oriente Médio.

Em análise no programa Ponto de Vista, de VEJA, apresentado por Marcela Rahal, Bonin afirmou que a viagem de Lula a Roma — e o tom emocional usado para descrever a “química” com o pontífice — têm mais caráter eleitoral do que diplomático.

“Qual é o candidato que está pensando em disputar a reeleição que não gosta da ideia de ter química com o papa? Essa agenda tem muito mais a ver com 2026 do que com o momento político global”, observou Bonin.

Segundo o colunista, a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, foi cobrada por colegas diante da sequência de compromissos do petista que soam como campanha antecipada. “O presidente está viajando com uma agenda que é muito mais eleitoral. Ele tenta usar o discurso social e humanitário para se reposicionar como liderança global, mas há uma estratégia clara de autopromoção”, disse.

Janja, fome e imagem global

Bonin lembrou que a iniciativa de Lula para uma “aliança global contra a fome” — pauta central da visita ao Vaticano — começou cercada de polêmicas, entre elas o festival cultural organizado pela primeira-dama Janja da Silva, com recursos públicos milionários.

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“O dinheiro poderia ter feito justiça social de verdade, mas foi para o bolso de artistas. O tema da fome aparece e desaparece conforme a conveniência política do presidente”, afirmou.

Para o jornalista, Lula tenta reconstruir sua imagem internacional em meio a uma popularidade doméstica em queda.

“Ele está trabalhando dia após dia para se manter em evidência, aproveitando que a direita está brigando internamente. É campanha silenciosa, mas constante”, avaliou.

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De persona non grata a tom conciliador

Outro movimento notado por Bonin foi o ajuste no discurso de Lula sobre Israel. Após meses de críticas duras ao governo de Benjamin Netanyahu, o presidente mudou o tom e passou a distinguir o premiê do povo israelense.

“É a primeira vez que ele faz essa diferenciação. Lula agora tenta mostrar que não tem nada contra Israel, apenas contra a liderança atual. É uma forma de começar o caminho da volta, depois de se tornar persona non grata no país”, explicou Bonin.

O colunista destacou que a aproximação de Lula com o ex-presidente americano Donald Trump — citado pelo petista como peça-chave no cessar-fogo entre Israel e o Hamas — também revela uma tentativa de reposicionamento pragmático.

“O presidente percebeu que o discurso alinhado ao de Trump e ao tom adotado por outros líderes mundiais é o que o momento exige. Ele está tentando se recolocar no debate internacional”, concluiu Bonin.

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