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A lição que o STF dá a Trump, segundo artigo do New York Times

País está se tornando um experimento de como desafiar o presidente dos Estados Unidos

Por Felipe Erlich Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 set 2025, 15h36 - Publicado em 13 set 2025, 12h24

A Justiça brasileira deu de ombros para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Apesar da exigência do americano para que o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro fosse anulado, o principal líder da direita brasileira foi condenado a mais de 27 anos de prisão, na quinta-feira, 11. Com isso, o Brasil “está se tornando um experimento de como desafiar o presidente Trump”. A análise é de um artigo publicado no jornal americano The New York Times (NYT), neste sábado, 13.

Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. O julgamento ocorreu na primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) ao longo da última semana e terminou com um placar de 4 a 1. Votaram pela condenação os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. Apenas o ministro Luiz Fux votou contrariamente, tendo o voto vencido pela maioria.

Trump tentou forçar a anulação do processo contra Bolsonaro através de barreiras comerciais contra exportações brasileiras, além de sanções severas contra membros do STF. Não funcionou. A tarifa de 50% imposta contra parte dos produtos produzidos no Brasil — uma das maiores alíquotas imposta pelos EUA no mundo — não mostrou o poderio necessário para ditar o que acontece nos tribunais. A receita total do Brasil com exportações inclusive aumentou quase 4% em agosto, a despeito das barreiras americanas — que culminaram em uma queda de 18% das vendas para os EUA, segundo dados do governo federal.

As sanções a ministros do STF — a exemplo da Lei Magnitsky contra Moraes — também não tiveram efeito: “não existe a menor possibilidade de recuar nem um milímetro sequer”, disse o juiz da suprema corte em entrevista ao jornal americano The Washington Post, em agosto, após entrar na mira de Trump. O ministro Flávio Dino foi igualmente contundente durante seu voto pela condenação de Bolsonaro: “Será que as pessoas acreditam que um tweet de uma autoridade, de um governo estrangeiro, podem mudar um julgamento do Supremo?”, disse o magistrado. “Será que alguém imagina que um cartão de crédito ou Mikey, vão mudar um julgamento do Supremo?”.

“Não está claro até que ponto Washington está disposta a ir em sua luta contra o Brasil”, diz o texto do NYT. O jornal aponta que um acirramento da pressão tarifária não ocorreria sem custo para os Estados Unidos. Trump teria que justificar aos seus eleitores o porquê de terem que pagar ainda mais por carne e café no supermercado.

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Moraes também é criticado pelo governo dos Estados Unidos pela suposta promoção de censura em redes sociais americanas. Sobre esse ponto, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, deu uma declaração forte: “O presidente (Trump) não tem medo de usar os poderes econômico e militar dos Estados Unidos da América para proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo”. Trump, contudo, não falou em retaliação ao Brasil ao fazer um breve comentário sobre a condenação de Bolsonaro. “É muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas eles não conseguiram”, disse na sexta-feira, 12, ao ser questionado pela imprensa.

Também sobre a resiliência do Brasil aos ataques de Trump, o artigo publicado no NYT lembra que a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem crescido em meio à rivalidade com os Estados Unidos. A última pesquisa Datafolha sobre o tema, realizada entre segunda e terça-feira, dias 8 e 9 — portanto durante o julgamento de Bolsonaro –, mostrou uma recuperação da aprovação do governo federal. A parcela dos brasileiros que considera o governo Lula ótimo ou bom subiu de 29% para 33% em pouco mais de um mês, enquanto a que o considera ruim ou péssimo caiu de 40% para 38%. Com isso, a diferença entre rejeição e aprovação foi reduzida de 11 pontos percentuais (p.p.) para 5 p.p.

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