A pedido da PGR, Gilmar Mendes arquiva inquérito contra Aécio
Decisão do ministro se deu por falta de provas e também beneficia Clésio Andrade, ex-vice-governador de MG, e o ex-deputado Eduardo Paes
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, determinou o arquivamento de um inquérito contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) sobre a manipulação de informações na CPI dos Correios, em 2005. A decisão também beneficia Clésio Andrade, ex-vice-governador de MG durante o primeiro mandato de Aécio (2003-2006), e Eduardo Paes, então deputado federal e secretário-geral do PSDB.
Relator do inquérito, Gilmar Mendes concordou com o pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, segundo o qual não há provas suficientes contra os envolvidos. O inquérito foi aberto com base em um acordo de delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral. Os três passaram a ser investigados por supostas fraudes nos registros do Banco Rural enviados à CPI com o objetivo de excluir alvos da comissão parlamentar.
“De acordo com a Procuradoria-Geral da República, ‘não há elementos de prova que indiquem a atuação de Aécio Neves ou Clésio Andrade no ato praticado por Delcídio do Amaral, tampouco qualquer atuação de Eduardo Paes. Ademais, segundo a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República, não se vislumbram outras diligências que permitam elucidar
os fatos e sua autoria, razão pela qual não há elementos suficientes para fundamentar a continuidade da investigação”, assinalou Gilmar Mendes.