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‘A reclamação conecta’, diz Bia Granja, especialista em cultura digital

Para fundadora do YOUPIX, sexta entrevistada do fórum Amarelas ao Vivo, a queixa é uma 'cola' mais forte do que ser alegre

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 17h35 - Publicado em 24 abr 2018, 13h31
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  • Cofundadora do YOUPIX, hub de tecnologia e conteúdo digital, Bia Granja foi a sexta entrevistada do fórum Amarelas ao Vivo, evento promovido por VEJA com o tema “Como as redes sociais e as fake news afetarão as eleições, o Brasil e você”.

    Para ela, parte da noção de que existem muitas publicações negativas nas redes sociais é porque “as pessoas se conectam”. “A reclamação conecta, é uma ‘cola’ mais forte do que ser alegre.”

    De acordo com a especialista em cultura digital, é mais ou menos a mesma lógica que se aplica ao sucesso na internet do deputado Jair Bolsonaro, pré-candidato à Presidência pelo PSL. “Quanto mais radical você for, mais as pessoas vão te dar suporte. Talvez o que o Bolsonaro também tenha é o fato de passar as mensagens de uma forma muito simples”, argumentou.

    A respeito das notícias falsas, Bia afirma que elas estão diretamente associadas à reprodução dos conceitos que norteiam as ideias de quem as compartilham.

    “As fake news têm muito a ver com a nossa identidade, com o que nós queremos e o que nós identificamos que seja o fato”, argumenta. Para Bia, trata-se de um crescimento do “protagonismo” do usuário na web. “A internet e as redes sociais trouxeram para o ser humano um protagonismo que ele nunca teve. As redes deram voz e acabaram com a hierarquia financeira de quem pode falar. As pessoas gostam muito disso.”

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    Dentro desse contexto, o compartilhamento de notícias falsas está relacionado à sensação de comunidade e pertencimento que as novas mídias permitem com outras pessoas que pensam igual a elas mesmas. “Você poder se conectar com pessoas que têm interesses parecidos aos seus é muito especial”, explica.

    Ela foi entrevistada pelo editor especial de VEJA, Daniel Bergamasco, no evento que reproduz em palco as tradicionais Páginas Amarelas da revista impressa. Ela também é curadora da Campus Party Brasil, um dos maiores encontros sobre inovação no Brasil.

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    Conselheira digital de diversas marcas, Bia Granja defende não se tratar de quantidade de dinheiro investido a receita para o sucesso de campanhas. “Não adianta ter um investimento gigantesco porque, se você não tiver o que comunicar, não vai dar certo. Você compra espaço e audiência, mas não compra relevância.”

    Influenciadores

    A especialista falou aos presentes sobre o tema dos influenciadores digitais, pessoas que se destacam nas redes sociais e se tornam referência para seus espectadores, como é o caso dos youtubers. Ela ressaltou que é possível, sim, “ganhar muito dinheiro” com esse tipo de trabalho, mas que não é algo simples e que as exigências são grandes.

    “Isso é algo aspiracional. Eu não vou ser o Neymar, porque eu não jogo bola, não namoro a Bruna Marquezine e não ganho o que ele ganha, mas eu o admiro. E não é que eu quero ser ele, é como se eu já fosse, como se essa pessoa fosse a mesma pessoa que eu. Gosto de você, mas é como se eu gostasse de mim. Existe uma identidade entre quem produz e quem consome”, concluiu.

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