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A Silvio Santos, Bolsonaro fala sobre Previdência, armas e até Viagra

Entre brincadeiras, presidente demonstrou otimismo sobre a aprovação da reforma

Por Por Redação
Atualizado em 6 Maio 2019, 04h36 - Publicado em 5 Maio 2019, 22h50

O presidente da República Jair Bolsonaro falou sobre medidas de seu governo, em meio a diversas brincadeiras, em entrevista exibida na noite deste domingo, 5, no Programa Silvio Santos, do SBT. Um dos assuntos tratados foi a reforma da Previdência, projeto que modifica as regras de aposentadorias para civis, em tramitação na Comissão Especial da Câmara dos Deputados. O presidente e o apresentador defenderam a Previdência, mas divergiram em relação ao armamento da população.

“Essa reforma é para ajudar os pobres, exatamente ao contrário do que muitos políticos de esquerda dizem”, afirmou Bolsonaro. Diante de dúvidas de Silvio Santos, de 88 anos, o presidente ressaltou o aumento da expectativa de vida. “As pessoas estão vivendo bem mais.” Os dois, então, engataram um longo papo sobre a reforma, da qual Silvio Santos se disse amplamente favorável.

“Se não tivermos reforma da Previdência, vamos ter de fazer dinheiro para pagar, o que gera inflação. A Previdência é importante… não é porque o presidente está aqui. Se não tiver previdência vai ter inflação e nosso dinheiro vai valer menos”, afirmou Silvio. Bolsonaro voltou a demonstrar otimismo. “A reforma depende de deputados e senadores. A maioria está convencida de que tem de aprovar, apesar de ser preciso um certo desgaste político”

“Estou na ativa, sem aditivos”

No começo do programa, em tom mais descontraído, Bolsonaro reviu uma visita sua a um show de humor de Sérgio Mallandro, a quem disse sempre ter admirado, e teve de responder a questionamentos básicos como “Qual a sua idade? (64)”, “Qual o seu signo? (Áries)” e “Que horas você acorda? (“Entro às 8h, mas a partir das 5h já estou acordado no zap (WhatsApp)”.

O apresentador perguntou se o presidente possui alguma filha, já que seus filhos homens são, em sua maioria, envolvidos politicamente com a sua gestão e, portanto, mais conhecidos do público. O presidente esclareceu que é pai da Laura, de 8 anos. “Mudou demais a minha vida, é muito diferente ter uma filha mulher.”

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Silvio, então, perguntou se nunca o confundiram com avô em vez de pai de Laura. Em tom leve, Bolsonaro disse que sim. “É uma prova que ainda estou na ativa e sem aditivo”, brincou, em referência a medicamentos voltados ao combate da impotência sexual, como o Viagra. “Ah, agora chama-se aditivo?”, retrucou Silvio.

Armamento e radares

Os dois também conversaram sobre o armamento da população, assunto que gerou certa divergência entre o apresentador e o presidente. “Este negócio de arma não pode aprovar, isso aqui vai virar um faroeste”, provocou Silvio. Bolsonaro, então, citou as viagens do apresentador aos Estados Unidos, local em que muitos estados permitem tanto o porte de armas (permissão para carregá-la em locais públicos) quanto a posse (permissão para possui-lá).

Silvio rebateu o argumento. “Nos Estados Unidos quando um cara faz um negócio qualquer ele vai pra cadeia e fica. Aqui, não”. Na sequência, o presidente defendeu o pacote Anticrime, do ministro da Justiça, Sergio Moro, que dificulta a progressão da pena e endurece penas de crimes graves, como roubo e corrupção. O projeto foi enviado, em fevereiro, ao Congresso Nacional e ao todo pede a mudança de 14 leis, entre elas, o Código Penal, a Lei de Execução Penal, a Lei de Crimes Hediondos.

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Além disso, Bolsonaro esclareceu que já decretou medidas que facilitaram a posse de armas, e que para o mesmo ocorrer com o porte, depende do Congresso. Silvio, então, afirmou que se tivesse “uma arma em casa e ouvir um ruído é claro que eu não vou sair de cueca pra pegar o cara… Eu vou pegar a arma, lógico”, disse. O presidente, feliz com a declaração, respondeu: “Viu, estamos começando a nos entender”.

O presidente voltou a criticar o que chama de “indústria da multa” no trânsito. “Você não tem mais prazer em dirigir, qualquer lugar que você vai está cheio de radar por aí. Radar virou caça-níquel”, disse, sem citar nenhum estudo técnico que justificasse a retirada dos radares.

No fim, Silvio Santos sugeriu que Bolsonaro fosse ao programa do humorista Danilo Gentili, a quem o presidente elogiou. “Conheço o Gentili há muito tempo, o programa dele é muito bom.”

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No dia da gravação, realizada na última quinta-feira, 2, Bolsonaro chamou o apresentador de “o maior comunicador do Brasil”, nas redes sociais. A gravação do programa agitou os estúdios do SBT, localizado na Avenida Anhanguera, em São Paulo. Funcionários de diversos setores pediram fotos com o presidente.

 

 

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