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Abraham Weintraub é o novo ministro da Educação

Economista era número 2 da Casa Civil, colabora com os planos de Jair Bolsonaro desde 2017 e já pregou combate ao 'marxismo cultural nas universidades'

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 set 2019, 10h44 - Publicado em 8 abr 2019, 11h41

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciou, na manhã desta segunda-feira, 8, o economista Abraham Weintraub como novo ministro da Educação. Próximo ao chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), de quem era secretário executivo, Weintraub faz parte da equipe de Bolsonaro desde novembro, quando foi formado o gabinete de transição.

Graduado em economia pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em administração pela Fundação Getulio Vargas (FGV), Weintraub é professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Diferentemente do que foi dito por Bolsonaro no Twitter, o novo ministro da Educação não informa em seu currículo oficial possuir doutorado. Posteriormente, o presidente corrigiu a informação.

“Comunico a todos a indicação do professor Abraham Weintraub ao cargo de ministro da Educação. Abraham é doutor, professor universitário e possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a pasta. Aproveito para agradecer ao Prof. Vélez pelos serviços prestados”, escreveu o presidente.

Abraham e seu irmão, o advogado Arthur Weintraub, foram alguns dos primeiros acadêmicos a abraçar os planos presidenciais de Jair Bolsonaro. A aproximação ocorreu em 2017, quando Bolsonaro ainda não tinha sequer migrado do PSC para o PSL. Na época, foram os responsáveis por um texto em que o então pré-candidato defendia a independência do Banco Central.

Olavo de Carvalho

Abraham Weintraub é mais um ministro da Educação com simpatia pela obra do ideólogo Olavo de Carvalho, considerado “guru” do presidente Jair Bolsonaro. Em dezembro, durante a Cúpula Conservadora das Américas, evento organizado pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Weintraub defendeu o uso das teorias de Olavo para “derrotar a esquerda”.

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Segundo a coluna Radar, o novo ministro defendeu ser “preciso vencer o marxismo cultural nas universidades e trabalhar para que o país pare de fazer bobagem”.

Previdência

O novo ministro da Educação passou a maior parte da sua carreira, no entanto, longe do mundo universitário. Entre 1994 e 2014, ele atuou no mercado financeiro, tendo passado pelo banco Votorantim e por uma corretora de investimentos.

Nos últimos anos, já como professor da Unifesp, se debruçou especialmente sobre o tema da Previdência, tendo dirigido o Centro de Estudos sobre Seguridade (CES), grupo que pesquisa o assunto.

Abraham Weintraub é entusiasta do sistema conhecido como capitalização, em que cada um possui uma conta individual, com a qual contribui ao longo da trajetória profissional. A adoção da capitalização no Brasil faz parte da proposta da reforma da Previdência apresentada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Hoje, no país, vigora o sistema de repartição, no qual as pessoas na ativa sustentam os trabalhadores aposentados.

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