Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Aécio Neves destitui Tasso Jereissati da presidência do PSDB

Senador mineiro indicou o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman para comandar o partido até a convenção nacional, no dia 9 de dezembro

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 19h51 - Publicado em 9 nov 2017, 16h39

O senador Aécio Neves (MG) destituiu, nesta quinta-feira, o senador Tasso Jereissati (CE) da presidência interina do PSDB. Afastado do comando da sigla desde maio, quando foi atingido pela delação premiada do empresário Joesley Batista, Aécio alega que, com a decisão, garante a “isonomia” do processo que escolherá o novo comandante do partido. Tasso lançou oficialmente sua candidatura nesta quarta-feira e terá como adversário na disputa o governador de Goiás, Marconi Perillo, apoiado por Aécio Neves.

O senador mineiro, que conversou com o cearense sobre a destituição na manhã de hoje, no entanto, não voltará à presidência do partido. Aécio indicou o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, vice-presidente mais velho da legenda, para comandá-la interinamente até o dia 9 de dezembro, quando a convenção nacional do PSDB escolherá o novo presidente.

“Conforme conversa que tivemos hoje, em razão de sua candidatura à presidência do PSDB, formalizada ontem, e com o objetivo de garantir a desejável isonomia entre os postulantes, estou reassumindo a presidência do partido e, ato contínuo, indicando nosso mais antigo vice-presidente, o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, para conduzir com imparcializada a eleição que se dará na convenção nacional marcada para o próximo dia 9 de dezembro”, afirmou Aécio Neves em carta a Tasso Jereissati (veja abaixo).

A destituição de Tasso é mais um capítulo do conflito interno entre tucanos favoráveis e contrários à permanência do partido no governo do presidente Michel Temer (PMDB). Apesar de debilitado politicamente, Aécio Neves é o principal fiador da permanência do partido na base aliada. O PSDB ocupa quatro ministérios: Cidades (Bruno Araújo), Relações Exteriores (Aloysio Nunes Ferreira), Direitos Humanos (Luislinda Valois) e Secretaria de Governo (Antonio Imbassahy).

Já Tasso é um dos líderes da ala que defende a saída do partido do governo Temer, embora veja “enorme identidade” entre os tucanos e as reformas econômicas propostas pelo presidente. O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso também é um dos que pregam a saída do governo. “Ou o PSDB desembarca do governo na convenção de dezembro e reafirma que continuará votando pelas reformas ou sua confusão com o peemedebismo dominante o tornará coadjuvante na briga sucessória”, escreveu FHC em um artigo publicado no último final de semana.

Ao lançar sua candidatura à presidência do partido, ontem, o senador cearense defendeu que o PSDB adote um código de ética “mais rigoroso” e um estatuto que contemple a adoção de um conjunto de boas práticas.

Continua após a publicidade

Aécio Neves foi gravado por Joesley Batista em uma conversa em que pediu ao empresário 2 milhões de reais para custear sua defesa na Operação Lava Jato. A JBS pagou o valor em quatro parcelas de 500.000 reais em dinheiro vivo, entregues pelo ex-diretor de relações institucionais da empresa, Ricardo Saud, a Frederico Pacheco de Medeiros, primo do tucano.

Depois que a gravação veio à tona, Aécio foi afastado duas vezes do mandato pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O primeiro afastamento foi derrubado por uma decisão do ministro Marco Aurélio Mello; o segundo foi derrubado pelo próprio Senado, depois de o STF decidir que cabe às Casas Legislativas autorizar o afastamento de seus membros.

aécio tasso
(Reprodução/Reprodução)
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 9,98 por revista)

a partir de 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.