Aécio organizou cartel em MG para cobrar propina, dizem delatores
Conluio foi criado no segundo mandato do tucano como governador para obras da Cidade Administrativa
O ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin autorizou a abertura de inquérito contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) por corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro, carte e fraude a licitações.
Aécio foi delatado por dois colaboradores da Odebrecht, Sérgio Luiz Neves e Benedicto Barbosa Júnior, o BJ: eles afirmaram que Aécio agiu para atender aos interesses da empreiteira nas obras da Cidade Administrativa, quando era governador de Minas Gerais, conforme revelou VEJA.
Aécio também foi acusado por BJ, em sua delação, de receber quantias por meio de uma conta bancária em Nova York operada pela irmã, a jornalista Andrea Neves.
Eles declararam e entregaram prova documental para corroborar as acusações. Conforme os delatores, no início de 2007, Aécio organizou um esquema para fraudar licitações da construção da Cidade Administrativa, sede do Executivo estadual. O cartel de empreiteira, criado no início do segundo mandato do tucano como governador, teria objetivo de descontar propinas dos pagamentos das obras.