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Alckmin: compromisso do PSDB é com reformas, não com governo

Diante de quadro político ‘bastante grave’, governador de São Paulo afirmou que tucanos avaliarão desembarque de forma partidária

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h43 - Publicado em 7 jul 2017, 18h46
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  • O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta sexta-feira que o compromisso do partido não é com o governo de Michel Temer (PMDB), mas com a aprovação das reformas econômicas, como a trabalhista e a da Previdência. O tucano entende que as medidas farão o Brasil voltar a gerar emprego e a crescer economicamente.

    “É evidente que o quadro político foi agravado, temos um quadro bastante grave”, disse o governador. “Temos que separar bem as questões políticas das questões de interesse do país, que não podem ser adiadas ou prejudicadas. O compromisso do PSDB não é com o governo, eu até defendi lá atrás que o PSDB não ocupasse cargos. Nosso compromisso é com medidas de interesse da população e, especialmente, para ajudar a recuperar o emprego”, afirmou.

    Sobre o desembarque do PSDB do governo, Alckmin disse que a decisão será avaliada “partidariamente” nos próximos dias. O governador se pronunciou após participar nesta tarde de uma cerimônia no Palácio dos Bandeirantes. Durante a manhã, Alckmin havia acompanhado o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), em um evento no Templo de Salomão, da Igreja Universal do Reino de Deus. O governador deixou o local sem conversar com a imprensa, enquanto Doria aproveitou a ocasião para rebater declarações do presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE).

    Na quinta-feira, Tasso afirmou que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), era um nome que daria estabilidade política para o país fazer uma “travessia” política até as eleições de 2018. Para Doria, o líder nacional do partido não pode tomar “decisões dessa natureza individualmente”.

    É evidente que o quadro político foi agravado, temos um quadro bastante grave. Temos que separar bem as questões políticas das questões de interesse do país, que não podem ser adiadas ou prejudicadas. O compromisso do PSDB não é com o governo, eu até defendi lá atrás que o PSDB não ocupasse cargos. Nosso compromisso é com medidas de interesse da população e, especialmente, para ajudar a recuperar o emprego

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    Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo

    Cassio Cunha Lima

    Presidente em exercício do Senado, Cassio Cunha Lima (PSDB-PB) disse que o Brasil está “diante do início do fim” do governo Temer. O senador afirmou que o futuro do peemedebista será definido a partir da posição que será manifestada pelo deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara da denúncia que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou contra o presidente.

    “Podemos estar diante do início do fim com a posição do deputado relator, que é do PMDB, porque o presidente Michel Temer não tem nenhum apoio popular, não tem apoio dos setores organizados da sociedade. Ele se sustenta basicamente com apoio parlamentar. Se no seu próprio partido esse apoio estremece, claro que poderemos ter um colapso no governo, com um efeito dominó que poderá levar a um desfecho do acolhimento da abertura da ação penal”, disse o senador.

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    Cunha Lima também sugeriu que estará ao lado da ala tucana que defende o desembarque do governo Temer. “O partido estádividido e terá de escolher se quer ficar com sua bancada na Câmara ou com o conforto dos cargos no governo. Ficarei com a bancada, que é quem tem a responsabilidade de tomar essas decisões, quem está com o pescoço na guilhotina, quem está na linha de frente e não pode ser abandonado pelo partido.”

    Sobre a declaração de Cunha Lima de que seu governo não duraria mais 15 dias, Temer, que está em Hamburgo para a cúpula do G20, respondeu: “Vamos esperar 15 dias, não é verdade? Acho que foi força de expressão, nada mais. Às vezes, as pessoas se entusiasmam um pouco, foi simplesmente força de expressão, nada mais do que isso”, disse.

    O tucano assumiu a presidência do Senado porque Eunício Oliveira (PMDB-CE) exerce a Presidência da República durante as viagens de Temer para a reunião do G20, na Alemanha, e de Rodrigo Maia à Argentina.

    (Com Estadão Conteúdo)

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