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Alckmin: destituição de Tasso “não contribui para união do PSDB”

Governador de SP diz não ter sido consultado sobre decisão de Aécio Neves e que, se tivesse sido ouvido, se oporia à retirada do senador do comando tucano

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h49 - Publicado em 9 nov 2017, 21h04
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  • Um dos postulantes pela candidatura do PSDB à Presidência em 2018, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, reagiu à destituição do senador Tasso Jereissati (CE) da presidência interina do partido pelo senador Aécio Neves (MG), presidente afastado da legenda, nesta quinta-feira.

    “Eu não fui consultado. E se fosse, teria sido contra, porque não contribui para a união do partido”, afirma Alckmin, por meio de nota.

    O nome do governador paulista é cogitado no partido como possível alternativa de consenso ou terceira via na disputa pelo comando tucano, até agora polarizada por Tasso e o governador de Goiás, Marconi Perillo, que tem o apoio de Aécio.

    O senador mineiro está afastado da presidência do partido desde maio, quando foi atingido pela delação premiada do empresário Joesley Batista, que o gravou pedindo 2 milhões de reais para custear sua defesa na Lava Jato. Na ocasião, foi o próprio Aécio quem indicou Tasso Jereissati como presidente interino.

    O ex-presidenciável, que até ser alvejado pelas delações da Odebrecht e da JBS era o principal adversário de Geraldo Alckmin dentro do PSDB, alega que a decisão tomada hoje pretende dar “isonomia” à disputa pela presidência da legenda. A candidatura de Tasso foi oficializada ontem.

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    Aécio Neves indicou o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, vice-presidente mais velho do partido, como presidente interino até o dia 9 de dezembro, quando a convenção nacional do partido escolherá seu sucessor. Embora paulista, Goldman não faz parte do mesmo grupo político de Alckmin. O ex-governador é ligado ao senador José Serra.

    Em entrevista coletiva em Brasília, nesta quinta, Aécio afirmou que é “incontestável” sua atuação pela unidade do partido e que a destituição do cearense foi “absolutamente legítima” e “necessária”. “O senador Tasso, diferentemente do que dizia anteriormente, e é legítimo esta sua nova decisão, ontem anunciou a sua candidatura à presidência do PSDB”, alfinetou Aécio Neves.

    “Em havendo outro candidato, o atual governador Marconi Perillo, é natural que seja garantida a isonomia na disputa. Essa decisão é absolutamente normal, feita com absoluta serenidade, ouvindo vários setores do partido. Vamos garantir que essa disputa se dê em alto nível, discutindo aquilo que interessa efetivamente ao país”, completou.

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