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Alckmin vai coordenar a transição entre governos Bolsonaro e Lula

Anúncio foi feito nesta terça em São Paulo pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que afirmou que ainda não há decisão sobre ministérios

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 nov 2022, 14h50 - Publicado em 1 nov 2022, 13h55

O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente da República eleito, será o coordenador da transição entre os governos de Jair Bolsonaro e de Luiz Inácio Lula da Silva, que venceu a eleição presidencial e assume o país a partir de janeiro de 2023. O anúncio foi feito nesta terça-feira, 1º, pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, em São Paulo.

Alckmin terá como interlocutor o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, que deve comandar a equipe de transição pelo lado do governo. Membros da comitiva petista, entre eles Gleisi e Mercadante, se reunirão com Nogueira já nesta quinta-feira, 3, em Brasília. A equipe de transição terá cerca de 50 integrantes — a força-tarefa inclui grupos de trabalho sobre temas diversos.

“O coordenador da transição é Geraldo Alckmin. Como o Mercadante foi coordenador do plano de governo e tem essa relação com os nossos programas, ele também estará junto na equipe”, afirmou Gleisi, que garantiu ainda que os partidos que integraram a coligação do PT também contribuirão com o grupo. São eles siglas como o PSB, Rede, Solidariedade, PSOL, PV e PCdoB.

De acordo com a dirigente, a participação na comissão de transição não significa, necessariamente, que o integrante ocupará algum ministério no futuro governo Lula. “Ainda não há decisão sobre ministério. O presidente Lula ainda não abriu essa decisão”, declarou.

Segundo Gleisi, um dos primeiros compromissos de Lula como chefe de estado eleito será a participação na Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP-27), que acontece entre os dias 6 e 18 de novembro no Egito.

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Por lei, a equipe de transição de governo é instituída a partir do segundo dia útil após o resultado da disputa presidencial e tem de ter acesso a informações sobre contas públicas, programas e projetos do governo federal.

Há um temor entre aliados de Lula de que Bolsonaro, que ainda não se pronunciou sobre o resultado da eleição, dificulte a passagem de cargo. Em razão disso, o TCU (Tribunal de Contas da União) anunciou na segunda-feira, 31, a criação de um comitê, formado pelos ministros Antonio Anastasia, Vital do Rêgo e Jorge Oliveira, para acompanhar o processo de mudança de um governo para outro. Também foi aberto um processo para monitorar o compartilhamento de dados brutos e analisar eventuais reclamações de supressão de dados.

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