O ex-deputado federal Aldo Rebelo oficializará na próxima segunda-feira a sua pré-candidatura à Presidência da República. Fora do PSB, Rebelo assinou a ficha de filiação do Solidariedade no último dia 5 e está apto a disputar pelo partido comandado pelo deputado Paulinho da Força.
“Sempre tive proximidade com o Paulinho, a Força Sindical e o movimento sindical como um todo. Com a proximidade das nossas bandeiras e a situação no PSB, fechamos um acordo”, disse Rebelo a VEJA. As bandeiras, explica, são “a economia nacional, o desenvolvimento e a redução das desigualdades sociais como prioridades”. Já a “situação do PSB” é uma referência à filiação, também na última semana do prazo, do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa à legenda.
“Eu duvidei que ele se filiaria mesmo ao PSB. Eu coloquei minha candidatura para o partido. Quando me confirmaram que ele tinha assinado e que havia a inclinação pelo nome dele, saí e assinei com o Solidariedade no mesmo dia”, reforçando que a “relação antiga” com o sindicalismo, base política do novo partido, agilizou o processo.
A saída de Aldo do PSB após menos de um ano – ele chegou à legenda vindo de um período de quarenta anos no PCdoB – foi conhecida após uma nota oficial publicada por ele nesta quinta-feira. Ele se disse “impossibilitado de acompanhar” a postulação de Barbosa.
Questionado por VEJA sobre suas diferenças com o agora pré-candidato do PSB, Aldo, ex-ministro do Esporte no governo Dilma Rousseff, disse que são poucas – a principal é querer a mesma coisa. “Tinha conversado com Joaquim tempos atrás e ele disse que disputaria o governo do Rio. Quando eu senti que a inclinação era a Presidência, não dava mais”.