Alexandre de Moraes em sabatina: serei imparcial na Lava Jato
Ministro garantiu aos senadores que julgará todos os casos, inclusive os da Lava Jato, com "absoluta imparcialidade"
Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 19h35 - Publicado em 21 fev 2017, 13h24
O ministro licenciado da Justiça e indicado pelo presidente Michel Temer para vaga no Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, garantiu nesta terça-feira aos senadores na Comissão de Constituição e Justiça que atuará com “absoluta imparcialidade” na Corte. A declaração foi dada em resposta ao senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que o questionou pelo fato de integrar um governo cujos principais membros são citados em delações da Odebrecht, incluindo Temer. Lindbergh pediu a Moraes para que se declare suspeito de julgar qualquer caso envolvendo a Operação Lava Jato. Se seu nome for aprovado pelo Senado, o ministro se tornará o revisor de ações da Operação no plenário, que envolvem os presidentes da República, do Senado e da Câmara.
Na resposta, Moraes se recusou a se declarar impedido e lembrou que é uma “tradição histórica” no Supremo a indicação de pessoas que atuaram no Executivo e no Legislativo, citando os ministros Gilmar Mendes (ex-advogado-geral da União do governo FHC), Dias Toffoli (ex-advogado do PT), e Edson Fachin (que defendeu publicamente a candidatura de Dilma Rousseff). “Nenhum deles deixou de ter atuação imparcial. Em relação a nenhum desses ministros houve qualquer problema em relação a independência”, afirmou Moraes.
“Eu me julgo absolutamente capaz de atuar com absoluta imparcialidade dentro do que determina a Constituição, sem nenhuma vinculação político partidária”, completou, lembrando que integrantes da força-tarefa da Lava Jato elogiaram a sua atuação como ministro da Justiça, a quem está subordinada a Polícia Federal.
Na réplica, Lindbergh lamentou a negativa de Moraes em declarar suspeição: “Infelizmente, vai ficar parecendo que o senhor não fez isso [declarou-se suspeito] porque não pode, porque quem te indicou o fez para ser revisor da Lava Jato. Eu dei uma oportunidade para vossa excelência falar ao Brasil que não iria atuar na Lava Jato, que não seria revisor porque participou de um governo com pessoas envolvidas”, comentou.
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