O governo de transição tem avaliado a possibilidade de recriar o Ministério da Pesca, pasta extinta desde 2015 e que, nos últimos anos, passou a ser alvo certo nas reformas ministeriais dos presidentes que se elegeram ao longo do tempo. Atualmente, o cargo e suas atribuições estão subordinados ao Ministério da Agricultura.
Caso isso se concretize, a Pesca seria um dos 13 ministérios a mais que a equipe do presidente eleito Lula estima ter em relação ao governo Bolsonaro. O próprio petista, aliás, já abordou essa hipótese em entrevista recente concedida em frente ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, sede da transição.
Quando assumiu o poder, em janeiro de 2019, Bolsonaro cogitou dar status de ministério ao posto, mas acabou optando em mantê-lo como secretaria especial ao nomear o agora senador Jorge Seif (PL-SC) ao posto.
Um dos nomes cotados para o não tão novo ministério é o de um aliado do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Trata-se de Fábio Bernardino, atual subsecretário de Administração Geral da Secretaria de Empreendedorismo do Governo do DF.
Contador de formação, Bernardino é natural de Pernambuco, onde também exerce a função de dirigente partidário. Ele é presidente estadual do AGIR 36, antigo PTC, e vice-presidente nacional do partido, que apoiou a chapa de Lula nas eleições de 2022. Em abril de 2018, no governo Temer, trabalhou como coordenador no setor de Planejamento, Orçamento e Administração da Secretaria Especial da Aquicultura da Pesca da Secretaria-Geral da Presidência.