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Alinhado a Alckmin, Doria garante prévias do PSDB em março

Votação interna para definir candidato tucano ao Palácio dos Bandeirantes ocorrerá antes do prazo de desincompatibilização de atual prefeito para disputa

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 16h57 - Publicado em 20 fev 2018, 14h05
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  • O PSDB decidiu que as prévias tucanas para o governo de São Paulo ocorrerão no próximo dia 18 de março – se necessário, será feito um segundo turno sete dias depois, no dia 25. Formalmente, os três pré-candidatos tucanos são o ex-senador José Aníbal, o secretário estadual de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, e o cientista político Luiz Felipe D’Avila, mas quem se deu bem com a decisão foi o prefeito de São Paulo, João Doria.

    Desde o final do ano passado, Doria articula nos bastidores para suceder o governador Geraldo Alckmin (PSDB), mas enfrentou nas últimas semanas uma dificuldade interna: os três pré-candidatos declarados conseguiram mudar a data inicial das prévias, que seriam no próximo dia 4, e pretendiam postergar a definição até depois do dia 7 de abril. Nesse cenário, João Doria seria obrigado a renunciar à Prefeitura sem nem ter a certeza de disputar o Palácio dos Bandeirantes.

    A coluna Radar antecipou a tendência que levou a essa decisão, com Alckmin desistindo do namoro com a pré-candidatura do vice-governador Márcio França (PSB), alinhando seu discurso ao de Doria e se mostrando favorável às prévias em março. Na reunião em que a votação interna foi marcada, o governador evidenciou a mudança de discurso: “Temos as maiores bancadas de deputados estaduais, federais e vereadores, o maior número de prefeitos e uma gestão muito bem avaliada no Governo de São Paulo. Não faria sentido abdicar da nossa responsabilidade de continuar apresentando propostas para o nosso estado.”

    A partir de agora, revive uma situação parecida com a que viveu dois anos atrás. Novamente tem pela frente a pré-candidatura de um nome forte no tucanato – José Aníbal – e precisa do apoio do governador para garantir a vitória na decisão interna. Em 2016, foi graças à força interna de Alckmin que conseguiu derrotar o então vereador Andrea Matarazzo e se tornar o nome do partido na disputa municipal.

    Em entrevistas a VEJA, os outros dois postulantes – Pesaro e D’Avila – colaram suas candidaturas aos planos presidenciais do atual governador, de forma a dificultar suas permanências na disputa caso Alckmin pose ao lado de outro candidato. De toda forma, ainda é incerto o grau de atuação que o governador terá em favor do atual prefeito, depois de meses de estranhamento no ano passado, quando chegaram a rivalizar silenciosamente pela indicação tucana ao Planalto.

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