Alvaro Dias rechaça ser vice de Alckmin e descarta aliança com PSDB
Filiado ao PSDB por mais de duas décadas, senador diz que terá apoio informal de tucanos e vê disputa como 'eleição de dissidências'
Pré-candidato do Podemos à Presidência da República, o senador Alvaro Dias rechaçou nesta terça-feira, 17, a possibilidade de abrir mão de sua candidatura para ser o vice na chapa do PSDB na eleição de outubro. O senador afirmou que seu partido está “assumindo por inteiro” a candidatura ao Planalto e busca a adesão de partidos de centro para ganhar força na disputa.
“Falam da possibilidade de um entendimento com o PSDB, quando não existe nenhuma hipótese disso. Eu me lembro do Garrincha, ‘não perguntaram pros russos’. Na verdade, não existe essa hipótese”, afirmou Dias após dar palestra na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).
Filiado ao PSDB por mais de duas décadas, Alvaro Dias afirmou que terá o apoio informal de tucanos e que esta será uma “eleição de dissidências”. “Certamente eu terei apoio de muitos tucanos, mas institucionalmente esse apoio é inviável, porque o PSDB se sente no dever de ter um candidato próprio. Agora, será uma eleição de dissidências, uma eleição suprapartidária. Nos estados, principalmente, nós teremos muitas dissidências. Eu espero ter apoio de muitos tucanos, sim”, considerou o senador.
Enquanto partidos do chamado Centrão vivem indefinição sobre qual candidato apoiar na sucessão do presidente Michel Temer (MDB), Dias diz ser o candidato mais ao centro na disputa. “Eu sou o candidato de uma proposta visível, clara, de rompimento com esse sistema. Eu não sei desenhar bem o que é centro, o que é direita, o que é esquerda, porque há uma esquizofrenia nesse debate. Na verdade, há uma anarquia partidária no Brasil”, comentou.
O senador também disse que está tratando da adesão de pelo menos três siglas: PRB, PROS e DEM. “Eu busco apoio sim, porque nós precisamos ampliar nosso espaço de TV para poder ter oportunidade de mostrar nossa proposta a todo o país”, declarou.