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Amigo de Temer tem quase R$ 300 mi em contratos com poder público

Levantamento feito pela Folha de S.Paulo mostra que Argeplan Engenharia, de propriedade do coronel Lima, assinou acordos milionários entre 2009 e 2013

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 20h38 - Publicado em 26 jun 2017, 11h49
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  • Considerado um dos mais próximos amigos do presidente Michel Temer (PMDB), João Baptista Lima, coronel aposentado da Polícia Militar, é dono da Argeplan Engenharia. Segundo levantamento do jornal Folha de S.Paulo, divulgado nesta segunda-feira, a Argeplan teria assinado, apenas entre 2009 e 2013, contratos com o poder público, entre autoridades federais e estaduais, que somariam ao menos 295 milhões de reais.

    O número inclui acertos onde a empresa foi contratada de forma direta, quando a própria Argeplan venceu a licitação, e indiretas, quando acabou sendo subcontratada por empresas vencedoras. Dois dos contratos estão com os pagamentos paralisados, um referente a construção da Ferrovia de Integração Leste-Oeste pela Valec e outro relativo à obra da usina Angra 3.

    No primeiro, segundo a Folha, a empresa integra consórcio responsável pela “supervisão das obras”, com uma participação de 22%. Até o momento, a Valec já arcou com 50 milhões de reais pela obra – portanto, a parte da Argeplan seria de cerca de onze milhões. Já na obra de Angra 3 a participação da empresa é menor, sendo sócia de uma empresa subcontratada. O levantamento feito pelo jornal elenca, ainda, contratos de obras com o Metrô e a Dersa, estatais de São Paulo, além do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit). Procurada para comentar a origem dos contratos com o poder público, a Argeplan não quis se manifestar.

    O coronel

    João Baptista Lima se aproximou de Michel Temer nos anos 80, quando o atual presidente entrou na política como secretário de Segurança Pública de São Paulo. Ele é investigado no inquérito aberto contra Temer pela Procuradoria-Geral da República (PGR), tendo sido citado por Ricardo Saud, ex-diretor da JBS, como intermediário do pagamento de um milhão de reais de propina ao peemedebista – parte de um acordo total de 15 milhões – em 2014. Segundo Saud, o repasse ao Coronel Lima, como é conhecido, foi feito “conforme indicação direta e específica de Temer”.

    Durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na empresa do militar, a Polícia Federal encontrou diversos elementos que o ligam ao presidente da República, como comprovantes de pagamentos, planilhas com “movimentações bancárias”, cronograma financeiro do escritório político de Michel Temer, então deputado federal, além de recibos de obras realizadas na casa da psicóloga Maristela de Toledo Temer, uma das três filhas do peemedebista.

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