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Antes de ouvir Lula, Moro diz que prisão hoje é ‘boato’

No início do depoimento, juiz tenta desfazer boatos de desavença pessoal e risco de prisão

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 Maio 2017, 21h01

O juiz federal Sergio Moro, que conduz os processos da Operação Lava-Jato em primeira instância, classificou nesta quarta-feira como “boato” a informação de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderia sair preso do depoimento que prestou hoje em Curitiba. O magistrado, que vem sendo sucessivamente acusado por petistas de direcionar o processo para impedir que o ex-presidente possa se candidatar nas eleições de 2018, fez a ressalva logo no início da oitiva.

“O senhor ex-presidente vai ser tratado com o máximo respeito como qualquer acusado e igualmente pela condição do cargo que o senhor ocupou no passado. O senhor ex-presidente pode ficar absolutamente tranquilo quanto a isso”, disse Moro na tentativa de retirar do depoimento a pecha de “embate histórico”. “Em que pesem algumas alegações nesse sentido, da minha parte não tenho qualquer desavença pessoal em relação ao ex-presidente. O que vai determinar o resultado desse processo são as provas que vão ser colecionadas e a lei. Vamos deixar claro: quem faz as acusações nesse processo é o Ministério Público, e não o juiz. Estou aqui para ouvi-lo”, disse Moro.

Ao juiz, o ex-presidente Lula disse que tinha “consciência” de que não sairia preso da audiência de Curitiba. “São boatos que não têm qualquer fundamento. Para deixar o senhor absolutamente tranquilo, lhe asseguro de pronto e expressamente que isso não vai acontecer”, declarou o juiz.

Ainda antes de entrar nos questionamentos sobre o caso tríplex, episódio em que o petista é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, Sergio Moro alertou que o ex-presidente deveria estar preparado para “perguntas difíceis” no processo. De pronto, foi rebatido pelo político: “Não tem pergunta difícil, doutor. Para quem quer falar a verdade não tem pergunta difícil”.

Lula foi ouvido na ação penal em que é acusado pelo Ministério Público Federal dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por supostamente ter sido beneficiado com propinas de 3,7 milhões de reais da OAS no caso do tríplex do Guarujá (SP) e 1,3 milhão de reais no armazenamento de seu acervo presidencial.

Na denúncia contra Lula, os investigadores sustentam que o dinheiro foi desviado de três contratos da empreiteira com a Petrobras, na construção de duas refinarias Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, e Getúlio Vargas (Repar), no Paraná. De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, as supostas vantagens indevidas ao ex-presidente são “oriundas do caixa-geral de propinas da OAS com o PT”.

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