Em discurso, Barroso destaca papel do STF em prol de minorias
Ao tomar posse como presidente da Corte, magistrado defendeu 'diálogo' entre poderes, em meio ao atrito com o Congresso por pautas como o marco temporal
O ministro Luís Roberto Barroso tomou posse nesta quinta-feira, 28, como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF). O magistrado assumiu o comando da Corte em sessão solene, com a presença de autoridades do Congresso e do governo, como o presidente Lula, o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o do Senado, Rodrigo Pacheco. Com cirurgia no quadril marcada para sexta, Lula usou máscara de proteção durante a solenidade.
O ministro Edson Fachin tomou posse como vice-presidente da Corte e terá a missão de dividir com Barroso os plantões do Supremo.
Em meio ao atual atrito entre o Congresso e o Supremo – o Senado aprovou na quarta-feira o marco temporal, considerado inconstitucional pelo STF uma semana antes –, Barroso usou seu discurso para defender o diálogo entre os poderes, que ele prometeu “intensificar”, e destacar que “não existe poder hegemônico”. “Conviveremos em harmonia“, disse o novo presidente da Corte para Pacheco.
Barroso, no entanto, também aproveitou sua fala para destacar a atuação em prol das minorias, citando decisões favoráveis às mulheres, aos negros, à população LGBTQIA+ e aos povos indígenas, destacando que essas não não causas “progressistas”, mas causas da “humanidade”.