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Bolsonaro cumpre agenda de transição em Brasília

Presidente eleito participou de sessão solene em homenagem aos 30 anos da Constituição e teve encontros com ministro da Defesa e cúpula das Forças Armadas

Por Da Redação
Atualizado em 6 nov 2018, 23h41 - Publicado em 6 nov 2018, 16h11
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  • O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) viajou a Brasília na manhã desta terça-feira (6) para dar andamento ao processo de transição para seu governo, que se inicia em janeiro. Na primeira vez em que voltou à capital desde a sua vitória no segundo turno da eleição presidencial, no último dia 28, Bolsonaro participou de uma sessão solene no plenário da Câmara em homenagem aos trinta anos da Constituição de 1988. Ao lado do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, do presidente Michel Temer, e dos presidentes do Senado e da Câmara, Eunício Oliveira e Rodrigo Maia, além da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o pesselista pregou a união dos poderes e prometeu adotar a Constituição como “único norte” na condução do poder Executivo pelos próximos quatro anos.

    Em seguida, o presidente eleito almoçou com o ministro da Defesa, general Silva e Luna, e visitou o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, e o da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal. Antes do encontro com Leal, Jair Bolsonaro disse ter mais quatro nomes “adiantados” para compor sua equipe ministerial, que terá entre 15 e 17 pastas. Ele afirmou ainda que pretende anunciar todos os ministros até o dia 12 de dezembro, quando passará por cirurgia para reverter a colostomia pela qual passou após ser alvo de uma facada.

    Veja como foi a primeira passagem de Jair Bolsonaro por Brasília após as eleições de 2018:

    19:24 – Dora Kramer: Ponderado, Moro se mostra apto a servir de contraponto às exorbitâncias de Bolsonaro

    A primeira entrevista de Sergio Moro como ministro indicado à pasta da Justiça devidamente reforçada em seus poderes e ferramentas mostra que o juiz (agora quase ex) está bastante familiarizado com os assuntos que irá tratar e, mais importante, ciente dos desafios que desde já lhe são colocados. Se vai dar certo, veremos, mas que ele tem coragem disso não resta dúvida.

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    19:05 – Moro vai discutir posse de armas, maioridade penal e morte por policiais

    Em sua entrevista coletiva em Curitiba, o futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, foi questionado sobre sua opinião a respeito de temas caros a Jair Bolsonaro. Ele disse concordar com a redução da maioridade penal para 16 anos para crimes graves, como homicídio, afirmou que está disposto a discutir sobre como seria feita a flexibilização da posse de armas e ponderou, sobre o excludente de ilicitude, mecanismo judicial pelo qual policiais são isentados de responder por mortes em confrontos, que é “preciso pensar em um tratamento jurídico adequado para cobrir situações de policiais que atiram em criminosos fortemente armados em confrontos”.

    O futuro ministro mostrou discordância em relação ao presidente eleito ao falar sobre o enquadramento de movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na Lei de Terrorismo. “Qualificá-los como organização terrorista me parece inconsistente”, afirmou.

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    18:30 – Cotado em ministério, general coordena Infraestrutura na transição

    O general da reserva Oswaldo Ferreira

    Ainda não nomeado oficialmente para a equipe de transição do governo Jair Bolsonaro, o general da reserva Oswaldo Ferreira coordena o grupo de trabalho em Infraestrutura, área na qual está cotado para ser ministro. Fora do Exército desde abril de 2017, Ferreira é o braço direito do general Augusto Heleno e tem entre suas grandes ambições a conclusão das obras da usina Angra 3.


    17:04 –

    “Meus olhos estão voltados para 2019. Eu não estou assumindo o Ministério da Justiça e Segurança Pública para discutir os fatos da década de 60 e 70”

    Sergio Moro, futuro ministro da Justiça, sobre a ditadura militar
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    16:58 – Moro pretende chamar integrantes da Lava Jato para o ministério

    O juiz federal Sergio Moro, futuro ministro da Justiça, afirmou em coletiva de imprensa em Curitiba que pretende chamar integrantes da Operação Lava Jato para sua equipe na pasta. “Foram testados por sua eficiência e integridade”, disse. O magistrado não citou os nomes que seriam convidados, mas ponderou que a “experiência bem sucedida” da operação deve ser levada ao Executivo. Moro declarou ainda que já trabalha no que seria um pacote contra a corrupção e o crime organizado para ser aprovado pelo Congresso de forma “rápida e simples”. “A ideia geral é resgatar as 10 Medidas Contra a Corrupção e também utilizar o pacote da Transparência Internacional das novas medidas contra a corrupção”, explicou.


    16:53 – Bolsonaro quer anunciar todos os ministérios até 12 de dezembro

    Jair Bolsonaro disse na tarde desta terça-feira que tem mais quatro nomes “adiantados” para compor sua equipe ministerial, que terá entre 15 e 17 pastas. Bolsonaro afirmou ainda que pretende anunciar todos os ministros até o dia 12 de dezembro, quando realizará uma cirurgia para reverter a bolsa de colostomia no hospital Albert Einstein, em São Paulo.

    Até o momento, foram confirmados na Esplanada dos Ministérios do governo do pesselista quatro nomes: Paulo Guedes (Economia), o general Augusto Heleno (Defesa ou Gabinete de Segurança Institucioinal), Sergio Moro (Justiça) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia).

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    16:34 – Presidente eleito volta a criticar Enem: ‘não devemos fabricar militantes’

    Bolsonaro voltou a criticar nesta terça-feira, 6, a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Por meio de sua conta no Twitter, Bolsonaro não citou diretamente o Enem, cuja primeira parte em 2018 foi aplicada no último domingo, 6, mas atacou o que entende ser inclusão de “ideologia e politicagem nos testes que medem o conhecimento dos nossos alunos”. “Não devemos fabricar militantes, mas preparar o jovem para que se torne um bom profissional no futuro. O modelo atual não funciona, temos péssimos indicativos. É preciso mudar”, escreveu o pesselista.


    16:13 – Cancelamento de visita de chanceler brasileiro pelo Egito é ‘prematuro’, diz Bolsonaro

    Em entrevista em Brasília, Jair Bolsonaro comentou brevemente a decisão do Egito de cancelar a visita do chanceler brasileiro, Aloysio Nunes Ferreira, após o presidente eleito manifestar a intenção de mudar a embaixada do Brasil em Israel para Jerusalém. “Seria prematuro um país anunciar uma retaliação em função de uma coisa que não foi decidida [pelo governo] ainda”, afirmou. Sobre a ideia de alterar o local da representação brasileira, Bolsonaro declarou que “não é um ponto de honra essa decisão. Quem decide onde é a capital é o povo de Israel. Se eles mudaram de local…”. A mudança da embaixada para Jerusalém, medida já tomada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, é vista por muçulmanos como uma ofensa.

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    14:28 – FOTOS: Jair Bolsonaro visita Brasília após ser eleito presidente


    14:06 – Rabino Henry Sobel: ‘Peço a Deus que guie nosso novo presidente pelo caminho da paz’

    O rabino Henry Sobel, ex-presidente do rabinato da Congregação Israelita Paulista, afirmou que se encontrará com Jair Bolsonaro ainda nesta terça-feira. Um dos três líderes religiosos que organizou o ato ecumênico da Praça da Sé em memória de Vladimir Herzog, jornalista assassinado pela ditadura militar, Sobel divulgou comunicado afirmando que pedirá a Deus que guie Bolsonaro “pelo caminho da paz, da Justiça e da prosperidade” e que ele “seja o presidente de todos os brasileiros e combata todas as formas pelo discriminação”.


    12:18 – Bolsonaro evita confirmar Malta, mas diz que ‘não pode prescindir’ de senador

    Na chegada a um almoço com o ministro da Defesa, o general Joaquim Silva e Luna, Bolsonaro falou sobre a situação do senador Magno Malta (PR-ES), cotado para assumir uma pasta em seu governo. O presidente eleito afirmou que não faria nenhum tipo de anúncio porque só falará quando não houver possibilidade de mudanças, mas lembrou que Malta foi sua primeira opção para ser candidato a vice-presidente e que “não pode prescindir” de ter o político em seu governo.

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    A expectativa inicial era que o senador fosse uma liderança do governo Bolsonaro no Legislativo, mas Magno Malta não se reelegeu, terminando em terceiro lugar, atrás dos senadores eleitos Fabiano Contarato (Rede) e Marcos do Val (PPS).


    12:13 – Bolsonaro diz que Constituição é ‘norte’ e prega união entre os poderes

    O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) participou, na manhã desta terça-feira 6, de uma sessão solene do Congresso Nacional em homenagem aos trinta anos da Constituição de 1988. Em um breve discurso, ele pregou a união dos poderes e prometeu adotar a Constituição como “único norte” na condução do poder Executivo pelos próximos quatro anos.

    “Na topografia existem três nortes: o da quadrícula, o verdadeiro e o magnético. Mas na democracia, só um norte, que é o da nossa Constituição”, disse Bolsonaro. “A união de nós, que no momento estamos ocupando cargos-chave na República, pode sim mudar o destino dessa grande nação”, completou.


    12:12 – ‘Militares terão papel de destaque’, diz Bolsonaro antes de almoço com ministro

    Após participar da sessão solene na Câmara, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) chegou ao Ministério da Defesa, onde vai almoçar com o ministro, o general da reserva Joaquim Silva e Luna, e com os comandantes das Forças Armadas. Questionado sobre o porquê de encontrar o ministro da área antes de se reunir com o próprio presidente, Bolsonaro disse que “os militares terão papel de destaque” em seu governo.


    12:08 – Eu sou você amanhã

    Não é só Jair Bolsonaro que tem agenda movimentada em Brasília nesta terça-feira (6). O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, que acompanhou o presidente eleito durante uma sessão solene da Câmara dos Deputados pela manhã, almoçará com ele, na sequência, se reunirá com o titular da Fazenda, Eduardo Guardia, para discutir transição entre as pastas.


    11:58 – Bolsonaro se retira da Mesa Diretora ao lado de vice 

    Após breve discurso, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) se levantou da Mesa Diretora e deixou ato solene na Câmara, que celebrava os 30 anos da Constituição de 1988. Antes de encerrar a sua participação, o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), vice-presidente de Jair Bolsonaro, juntou-se às autoridades presentes e ficou por alguns instantes atrás da Mesa Diretora.


    11:45 –

    Na topografia existem três nortes: o da quadrícula, o verdadeiro e o magnético. Mas na democracia, só um norte, que é o da nossa Constituição”

    Jair Bolsonaro, presidente eleito do Brasil

    11:40 – Bolsonaro fala em união para defesa da Constituição

    O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) discursou brevemente durante o ato solene no Congresso. Ele acenou aos demais poderes e pediu união para que “juntos” estes façam a proteção da Carta Magna do Brasil.


    11:35 – Toffoli ressalta gesto de Bolsonaro e destaca ‘fortalecimento das instituições’

    O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, aproveitou seu discurso para elogiar o fato de o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) ter encerrado a sua campanha vitoriosa com um discurso portando a Constituição brasileira.

    Toffoli tem acenado a Bolsonaro nos últimos meses, interessado em estabelecer pontes com o novo ocupante do Planalto, principalmente depois de seu passado como advogado do PT e de entidades sindicais. O ministro também afirmou que as instituições foram “fortalecidas” ao se manterem estáveis após testes de resistência, como os impeachments dos ex-presidentes Dilma Rousseff e Fernando Collor.


    11:13 – Maia fala em mudanças e acena a Bolsonaro

    Ao discursar para celebrar os  trinta anos da Constituição, Rodrigo Maia fez questão de dizer que o mais importante é saber que cartas magnas “mudam para permanecer” e se concentrar no que vem pela frente. Especificamente, cita a reforma da Previdência e uma agenda para a área da segurança pública. Coincidência ou não, são temas caros ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), dono de um apoio que Maia gostaria muito de ter para permanecer como presidente da Câmara por mais dois anos. 


    10:48 – Mão no peito

    O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), à esquerda, ao lado do ministro Dias Toffoli, presidente do STF, do presidente da República, Michel Temer (MDB), e do presidente do Congresso Nacional, senador Eunício Oliveira (MDB-CE), durante a execução do Hino Nacional.

    Jair Bolsonaro


    10:44 – Agenda intensa

    O presidente eleito Jair Bolsonaro terá agenda intensa em Brasília nesta semana. A previsão é que neste primeiro dia ele se encontre com aliados, lideranças dos poderes Legislativo e Judiciário e visite o gabinete de transição, instalado no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Na quarta-feira, se reúne com o presidente Michel Temer (MDB) para alinhar detalhes da mudança de governo, incluindo a possibilidade de colocar em votação parte da reforma da Previdência ainda em 2018.


    10:35 – Ato solene

    O presidente do Congresso Nacional, senador Eunício Oliveira (MDB-CE), abre sessão solene em homenagem aos trinta anos da Constituição de 1988. É o primeiro evento formal de Jair Bolsonaro em Brasília como presidente eleito. Estão posicionadas atrás da Mesa Diretora, do plenário Ulysses Guimarães da Câmara, autoridades convidadas, entre elas: o atual presidente Michel Temer, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

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