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Após encolher na Esplanada, PSB quer o Ministério da Ciência e Tecnologia

Partido sonha em ocupar novamente pasta que já foi comandada por Eduardo Campos

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 Maio 2024, 17h13 - Publicado em 17 fev 2024, 17h51
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  • O PSB espera recuperar terreno na Esplanada dos Ministérios após perder espaço para o Centrão e depois de uma de suas principais estrelas políticas, o ex-ministro Flávio Dino, ter sido indicada pelo presidente Lula para uma cadeira no Supremo Tribunal Federal.

    A expectativa, agora, é que a legenda seja beneficiada com o Ministério da Ciência e Tecnologia. Há uma possibilidade de que o cargo fique vago nos próximos meses, caso a atual ministra, Luciana Santos (PCdoB), confirme a intenção de disputar a prefeitura de Olinda, em Pernambuco.

    Não é de hoje que o PSB mira o Ministério da Ciência e Tecnologia, tido como histórico do partido, por já ter sido comandado por Eduardo Campos, ex-presidente da legenda. Logo após a eleição de Lula, o partido do vice-presidente Geraldo Alckmin pleiteava retomar a chefia do ministério e chegou a integrar o grupo de trabalho do tema durante o governo de transição. No entanto, de última hora, Luciana Santos foi anunciada para a função.

    A investida do PSB, no entanto, já tem concorrência. Como mostrou VEJA, o Centrão também está de olho na Ciência e Tecnologia e questiona o espaço dado ao PCdoB, partido com apenas 7 deputados e nenhum senador. Além disso, o próprio PCdoB já fez chegar a Lula que não pretende abrir mão da pasta em uma eventual saída de Luciana Santos.

    PSB encolhe na Esplanada

    Apesar de não ter levado o ministério desejado, o PSB começou o governo Lula com um espaço privilegiado na Esplanada dos Ministérios. O partido, apesar de ter apenas 14 deputados, angariou três cadeiras no alto escalão: os ministérios da Justiça, do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e de Portos e Aeroportos.

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    O espaço reservado ao PSB era considerado desproporcional por outras legendas aliadas ao governo. Partidos como o União Brasil, PSD e MDB, que têm o triplo ou mais deputados, também receberam três ministérios como forma de acomodar uma base no Congresso Nacional.

    Pressionado pelo Centrão, Lula acabou tendo de promover mudanças no alto escalão que atingiram o PSB. O ministro Márcio França foi substituído por Silvio Costa, do Republicanos, no Ministério de Portos. Para abrigar França, o governo improvisou a criação do Ministério do Empreendedorismo, que antes funcionava como uma secretaria.

    Cinco meses depois, o local, na prática, ainda é um grande canteiro de obras. O ministério foi criado em uma espécie de puxadinho do MDIC, com dois andares reservados para a equipe de França, e ainda está inacabado.

    Somado a isso, o PSB viu mais uma baixa na Esplanada com a indicação de Flávio Dino ao STF. Dino sempre foi visto como um cargo da cota pessoal de Lula. Mesmo assim, seu partido abrigava na estrutura da Justiça quadros importantes, como o ex-líder da bancada na Câmara, Tadeu Alencar, e Ricardo Cappelli, promessa do PSB para as eleições de 2026.

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