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Após operação, Villas Bôas disse estar ‘preocupado’ com direitos de Chagas

Antigo e atual comandantes do Exército defenderam o general da reserva, alvo de mandado de busca determinado pelo ministro Alexandre de Moraes

Por Da Redação
Atualizado em 16 abr 2019, 17h17 - Publicado em 16 abr 2019, 16h00

Assessor especial do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Eduardo Villas Bôas disse estar “preocupado” com restrições que o general da reserva Paulo Chagas estaria sofrendo. Nesta terça-feira, 16, Chagas foi alvo de busca da Polícia Federal e teve redes sociais bloqueadas após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Conheço muito o general Paulo Chagas. Amigo pessoal meu e confesso que estou preocupado. Vamos acompanhar os desdobramentos disso”, declarou Villas Bôas, também general da reserva e ex-comandante do Exército, após sessão de homenagem ao Dia do Exército na Câmara.

Ele explicou em seguida que estava preocupado com “as restrições que o general Paulo Chagas possa estar sofrendo”. O general Villas Bôas disse desconhecer as motivações de Alexandre de Moraes, mas declarou esperar da Justiça que as coisas sejam colocadas “no devido lugar” após apurações.”O funcionamento das instituições vai distensionar a situação”, reforçou.

Já o comandante do Exército, general Edson Pujol, não quis comentar a decisão do ministro do Supremo de ordenar buscas e bloquear redes sociais de militares após críticas à Corte.

Pujol, porém, defendeu, Chagas. “Não tenho os detalhes, a motivação que levou, as circunstâncias. O que eu posso dizer é que conheço o Paulo Chagas, é um militar e um cidadão íntegro, temos o maior respeito e admiração por ele”, declarou o comandante após participar de sessão solene na Câmara em homenagem ao Dia do Exército.

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‘Já estava esperando’

Segundo a decisão de Alexandre de Moraes, o general Paulo Chagas utilizou as redes sociais para “fazer propaganda de processos violentos ou ilegais para alteração da ordem política e social”. Ao Radar, Chagas, que concorreu a governador do Distrito Federal em 2018, disse que “já estava esperando” que poderia ser alvo da investigação.

“Levaram um laptop. Foram muito gentis comigo. O delegado me ligou. Não tenho o que esconder. Sem dúvida tem a ver com as minhas postagens. Já estava esperando. Se não acontecesse é sinal que ninguém dá bola para mim. É sinal que eles têm lido o que escrevo. Me deram recibo”, afirmou.

Em ofício enviado ao STF, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou que o MPF vai desconsiderar os fatos apurados nas diligências desta terça-feira e que o órgão arquivou a investigação.

(Com Estadão Conteúdo)

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