Depois de o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, anunciar nesta quarta-feira, 9, que o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), Alex Carreiro, havia lhe pedido demissão, Carreiro cumpriu expediente normalmente na agência nesta quinta-feira, 7. No mesmo tuíte, Araújo indicou o nome do embaixador do Brasil na Alemanha, Mário Vilalva, para a presidência da instituição.
De acordo com comunicado divulgado pela Apex, contudo, Carreiro trabalhou em “despachos internos” e teve audiências com autoridades de Estado. A nota ainda ressalta que ele foi “nomeado para o cargo pelo presidente da República Jair Bolsonaro”, dando a entender que somente Bolsonaro poderia retirá-lo do cargo.
Conforme o site do jornal O Globo publicou nesta quinta, a assessoria de Carreiro afirmou em mensagem que “até o Bolsonaro demiti-lo, ele é o presidente da Apex. O Ernesto não tem autonomia para demitir. O Itamaraty é órgão supervisor da Apex. Quem nomeia ou exonera é o presidente da República”. Em seguida, a mesma assessoria informou ao jornal que a afirmação em relação ao chanceler “não reflete o posicionamento oficial da agência”.
A coluna Radar publicou nesta quarta que a decisão de Ernesto Araújo foi tomada diante da inexperiência de Alex Carreiro na área e de falhas consideradas graves no currículo dele. Formado em Comunicação Social em uma universidade pouco conhecida de Brasília, o presidente da Apex não fala inglês, necessidade básica ao cargo.