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Assumir o ‘Domingão’ não afastou Luciano Huck das conversas políticas

Apresentador mantém conversas frequentes com caciques da política e da economia, além de participar de grupos temáticos

Por Caio Sartori Atualizado em 14 fev 2022, 16h33 - Publicado em 14 fev 2022, 16h12
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  • Apesar de ter assumido o lugar de Fausto Silva no programa mais tradicional da Rede Globo, o ‘Domingão’, Luciano Huck não deixou de lado as conversas com interlocutores que o assessoravam quando cogitava concorrer à Presidência. O nome do apresentador não estará nas urnas em outubro, mas ele mantém reuniões frequentes com figuras como o economista Armínio Fraga e o ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung. O capixaba, diga-se, voltou a ter holofotes sobre si nas últimas semanas, quando foi cotado como um possível presidenciável ou candidato ao Senado pelo PSD. 

    Com contrato renovado na Globo até 2025 – e um salário que passaria dos 3 milhões de reais, algo que ele não confirma -, o apresentador não tende a se engajar em apoios a candidaturas específicas neste ano, mas quer defender valores e causas. Além de conversar com caciques dos quais se aproximou nos últimos anos, o que inclui também o ex-presidente do DEM e agora secretário-geral do União Brasil, ACM Neto, Huck ainda participa de grupos temáticos de áreas específicas e movimentos de renovação política. Entre os assuntos pelos quais tem demonstrado mais interesse, está a questão ambiental. 

    No entorno do jornalista, pesa a avaliação de que a eleição deste ano não estaria propícia para ele. Muito por causa da entrada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no jogo. Com seu histórico à frente do Planalto, o petista abocanha votos que poderiam ser de Huck – no caso, os do eleitorado mais pobre, acostumado a ver os quadros de cunho social veiculados nos programas do global.

    A movimentação pela candidatura Huck começou antes de 2018, quando a conjuntura demonstrava que o país desejava eleger alguém sem vínculos com a política tradicional.  Ele, contudo, não topou. No fim das contas, o Brasil elegeu um deputado do baixo clero que estava na Câmara desde 1991 – e que se vendeu como “antissistema”. 

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