O presidente Jair Bolsonaro afirmou no Japão, onde participa da cúpula do G20, que pediu ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, que a Polícia Federal investigue casos semelhantes ao que atingiu Mateus Von Rondon, assessor especial do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. Bolsonaro disse que o ministro do Turismo permanecerá no cargo, até o momento. “Se prender um assessor meu, não quer dizer que eu seja culpado de alguma coisa, né?”, disse Bolsonaro. “Uma vez tendo qualquer coisa mais robusta contra uma ação irregular de ministro, as providências vão ser tomadas. Até segunda-feira, os 22 são ministros”, afirmou.
Nesta semana, a polícia federal prendeu Von Rondon, assessor especial do ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio, no âmbito da Operação Sufrágio Ostentação, que investiga supostas candidaturas laranjas do PSL em Minas Gerais na eleição de 2018.
“O que falei com Moro, também, e ele já está tomando providências é uma coisa muito importante. A acusação em cima do Mateus Von Rondon é tendo em vista uma candidata que recebeu uma importância grande de recursos do fundo partidário e teve uma quantidade ínfima de votos. A mesma coisa ou mais grave aconteceu em quase todos os outros partidos, então o que falei para ele é que determine à PF que investigue todos os partidos onde candidatas receberam recursos enormes e tiveram uma votação bastante pequena. Tem que valer para todo mundo, não ficar fazendo pressão em cima do PSL para tentar me atingir”, disse Bolsonaro a jornalistas.
Caso do avião
O presidente Jair Bolsonaro também comentou a prisão do segundo-sargento da Aeronáutica detido com cocaína na Espanha. Segundo ele, o sargento “traiu a confiança dos demais”. O presidente “lamentou” que o caso não tenha acontecido na Indonésia, onde há pena de morte nesses casos.
“Aquele ali traiu a confiança dos demais. Pena que não foi na Indonésia, ele iria ter o destino que o teve no passado Marcio Archer”, afirmou Bolsonaro a jornalistas no Japão.
O presidente disse que tem pedido para a aeronáutica levantar dados sobre o sargento. “O que nós queremos das Forças Armadas é que seja levantada toda essa rede na qual ele está no meio dela. No meu avião, todos são revistados. O meu material é aberto antes de embarcar.”