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Bancadas do lobby terão mais força na Câmara a partir de 2019

Mesmo com menos reeleitos, frentes do agronegócio, dos evangélicos e da segurança tendem a se fortalecer com a ampliação de partidos conservadores

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 9 out 2018, 16h10 - Publicado em 9 out 2018, 14h34
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  • Com a ampliação dos partidos mais ligados a pautas conservadoras, as três principais frentes da Câmara que defendem temas específicos — as bancadas da bala, dos evangélicos e do agronegócio — tendem a se fortalecer na próxima legislatura, mesmo com o alto índice de renovação.

    Se analisadas em conjunto, as três reelegeram menos da metade de seus atuais integrantes, mas a ascensão de partidos ligados aos temas deve dar impulso para que ampliem a influência sobre a pauta da Casa.

    “Os assuntos que elas defendem foram legitimados nestas eleições. Se elas perderam um membro que não tenha sido reeleito agora, deverão ganhar dois no próximo ano. Elas vão ficar muito mais aguerridas”, afirmou o analista político do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz.

    Entre essas pautas está a liberação do porte de armas, bandeira do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que disputa o segundo turno contra Fernando Haddad (PT). Dos 513 deputados federais hoje no país, 285 participam diretamente da defesa de demandas desses setores.

    Em relação às reeleições para a próxima legislatura, a menor renovação foi nas bancadas evangélica e ruralista. Na primeira, dos 82 deputados ativos, 37 foram reeleitos, ou seja, 45%. No caso da segunda, 54 deputados, do total de 119, continuarão seus mandatos, representando a reeleição também de 45% da bancada. No caso da bala, apenas 35% dos seus 34 integrantes permanecerão na Câmara.

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    Influência

    O crescimento exponencial do PSL, que veio na esteira da candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência, deverá ajudar na ampliação do poder da bancada da bala, principalmente, ainda que ele também tenha influência nas outras duas. Os três grupos declararam apoio formal ao parlamentar ainda no primeiro turno das eleições.

    O PSL, que tem oito deputados, elegeu 52 parlamentares nestas eleições. Outro fator que também deve influenciar nesta questão é o aumento da participação de militares no Congresso. Hoje, seis parlamentares usam a patente no seu nome oficial. Neste pleito, foram eleitos dezoito deputados com essas características.

    “Se Bolsonaro for eleito no segundo turno, estas bancadas terão respaldo do Executivo para avançar com estas propostas”, disse Queiroz.

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