Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Bolsonaristas x Lavajatistas

A eleição presidencial de 2022, as divergências e o medo de traição colocam em alerta os grupos leais ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro Sergio Moro

Por Daniel Pereira, Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 15h43 - Publicado em 20 set 2019, 06h30
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A história começou sob o signo da parceria. Aproveitando-se dos estragos provocados pela Lava-­Jato nos maiores partidos políticos do país, Jair Bolsonaro empunhou a bandeira do combate à corrupção na campanha presidencial. Vencedor da eleição, convidou o então juiz Sergio Moro, símbolo da operação, para comandar o Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Com o gesto, o presidente eleito agradou a uma fatia importante do eleitorado e, assim, investiu pesado na própria popularidade. Já Moro, ao aceitar o convite, alegou ter condições de — com a máquina federal nas mãos — ampliar o cerco contra o crime organizado e as quadrilhas de colarinho-­branco. Pelo roteiro traçado, os dois personagens manteriam uma relação de perfeita simbiose. Um fortaleceria o outro. Depois de oito meses de governo, algo fugiu do script, e imperam os atritos, as intrigas e as disputas pelo controle de cargos estratégicos. O motivo é simples: Bolsonaro acha que ele e Moro juntos são imbatíveis nas urnas, mas teme que o ministro, mais popular que o presidente, lance candidatura própria ao Palácio do Planalto em 2022. Por isso a história agora se desenrola sob o signo da desconfiança.

    Conhecido por enxergar adversários e conspiradores em todos os cantos, Bolsonaro tem razão para estar preocupado. Pela primeira vez desde que assumiu o mandato, sua base de apoio rachou. De um lado está o bolsonarismo puro, que prega a defesa cega do presidente acima de qualquer coisa, sejam projetos prioritários, sejam bandeiras de campanha. De outro perfilam-se os lavajatistas, para quem o combate à corrupção é mais importante que a figura do presidente. A cizânia ficou explícita em razão da proposta de criação da chamada CPI da Lava-Toga, destinada a investigar o Poder Judiciário. Sob a batuta do guru Olavo de Carvalho, os bolsonaristas puros passaram a pregar contra a CPI, alegando que a comissão poderia prejudicar a governabilidade e a relação entre o Executivo e o Judiciário. “Vamos combater a corrupção? Não. Vamos combater primeiro o comunismo, seus idiotas”, disparou Olavo de Carvalho, com seu estilo habitual, num vídeo divulgado na internet. E acrescentou: “O que tem de fazer agora não é ficar cobrando o Bolsonaro. Você tem de se organizar para apoiá-­lo. A coisa mais urgente no Brasil é uma militância bolsonarista organizada”.

    Na política, assim como nos casamentos e nas relações humanas, nenhuma aliança é rompida do dia para a noite. Trata-se de um processo longo, lento, com idas e vindas, que pode até ser revertido, mas na maioria das vezes desemboca num desfecho previsível. O que impulsiona esse desgaste é a diferença de estilos, a famosa incompatibilidade de gênios, e de objetivos. No caso de Bolsonaro e Moro, a origem da discórdia foi a tentativa de blindagem em relação aos problemas do senador Flávio Bolsonaro com assessores e movimentações financeiras. Desde o início do caso, o presidente esperava um gesto público de Moro em solidariedade ao senador, o que nunca aconteceu. Com o desenrolar dos movimentos jurídicos, Bolsonaro ficou ainda mais contrariado ao saber que Moro foi ao presidente do STF, ministro Dias Toffoli, pedir que o plenário do tribunal julgasse logo a liminar que suspendeu todas as investigações criminais que usam, sem autorização judicial prévia, dados detalhados de órgãos de controle, como o antigo Coaf. O mais notório beneficiado pela liminar de Toffoli foi exatamente Flávio Bolsonaro. O mal-­estar entre chefe e subordinado nessa questão de interesse familiar, tema muito caro ao presidente, deflagrou uma série de decisões administrativas, todas destinadas a fortalecer o clã Bolsonaro e enfraquecer Moro. Com o aval do presidente, o Congresso tirou o antigo Coaf do guarda-chuva do Ministério da Justiça. Rebatizado de Unidade de Inteligência Financeira, o órgão está vinculado agora ao Banco Central. Moro também foi ignorado na escolha do novo procurador-geral da República. Desde o início do governo, ele vinha sendo aconselhado a mapear possíveis candidatos para o cargo, conversar com os postulantes e apresentar ao presidente os melhores nomes. O ministro tinha preferência pública por Vladimir Aras, que atuou na área de cooperação internacional da Lava-­Jato, mas disse que aguardaria a formação da lista tríplice elaborada pelos procuradores para conversar com Bolsonaro. O ex-juiz acreditava que teria papel decisivo na indicação e chegou a afirmar reservadamente que o provável PGR, Augusto Aras, não era um bom nome. O presidente, como se sabe, ignorou solenemente sua opinião.

    07/09/2019 Desfile Cívico por ocasião do dia da Pátria
    SÍMBOLOS - Apesar das divergências e da desconfiança dos bolsonaristas, o presidente, sempre que precisa, posa ao lado de Moro: as imagens reforçam que o combate à corrupção continua sendo prioridade do governo (Marcos Corrêa/PR/Dida Sampaio/Estadão Conteúdo/Reprodução/Twitter)

    Nos casamentos em crise, o comportamento em público muitas vezes busca esconder os problemas sérios que ocorrem na intimidade. Na política, admitem-se também essas relações de conveniência, pois pega mal lavar a roupa suja diante dos outros. Enquanto o embate entre bolsonaristas puros e lavajatistas se desenrola, Bolsonaro e Moro se empenham em demonstrar harmonia quando estão sob os holofotes. O presidente levou o ministro para assistir a um jogo do Flamengo em Brasília e ainda fez o subordinado, torcedor do Athletico Paranaense, vestir uma camisa do rubro-­negro carioca. No último dia 15, foi a vez de Moro forçar a barra ao visitar Bolsonaro no hospital em que ele se recuperava de uma cirurgia de hérnia. O presidente havia proibido visitas de auxiliares. Moro insistiu. Foi então que a esposa do ministro, a advogada Rosângela Moro, entrou em contato com a primeira-dama Michelle Bolsonaro, que derrubou a resistência à cortesia. O encontro entre os quatro foi registrado numa foto, divulgada tanto pelo ministro como pelo presidente em suas respectivas redes sociais. “Visita ao sr. presidente e à sra. primeira-dama. Conversa agradável. Presidente recupera-se muito bem. O homem é forte”, escreveu o titular da Justiça.

    pesquisa-moro-bolso-iPhone

    Continua após a publicidade

    Hoje a dupla vive uma relação de interdependência compulsória, tal qual o casamento em que as partes não se separam porque a situação financeira ficaria insustentável. O presidente até gostaria de demitir Moro, mas perderia uma base importante de apoio num momento em que sua popularidade vem diminuindo. Segundo pesquisa Datafolha, a aprovação a Bolsonaro caiu de 33% para 29% entre julho e agosto, enquanto a reprovação aumentou de 33% para 38%. No mesmo período, a aprovação de Moro passou de 52% para 51% e a reprovação, de 20% para 19%. A popularidade de Moro é apenas uma das razões pelas quais a demissão do ministro está, por enquanto, fora de cogitação. As outras são o temor do presidente de perder de vez o apoio dos lavajatistas e de a opinião pública chegar à conclusão de que Bolsonaro mentiu durante a campanha ao prometer o combate à corrupção. Até aqui, as pesquisas internas do Planalto mostram que os eleitores ainda acreditam que essa é uma das bandeiras do presidente. “A ideologia anticorrupção foi um dos motores que derrubaram parcelas importantes do PT e da chamada velha política. Quando o clã Bolsonaro e nacos do PSL começam a tentar se proteger politicamente de acusações de corrupção, minando a Lava-Jato, isso pode trazer consequências eleitorais”, diz a cientista política San Romanelli Assumpção, professora da Uerj.

    Reunião com a Governadora de Tóquio, Sra. Yuriko Koike
    Ex-aliado - O tucano João Doria, em visita recente ao Japão: ele virou inimigo ao se anunciar candidato à Presidência (Governo do Estado de São Paulo/Divulgação)

    Embora conte com o forte cacife da popularidade, Moro pode perder todas as fichas que apostou ao deixar a posição consolidada de chefão da Lava-­Jato para investir no pantanoso terreno da política. O risco da ida para Brasília seria compensado por uma cadeira no STF, seu grande sonho de consumo. Mas o negócio ficou mais distante com a revelação de graves problemas de conduta em sua época de juiz nas mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil e reproduzidas por outros veículos, a exemplo de VEJA. Sem essa perspectiva, mas com o ibope ainda em um patamar muito bom, avaliam os bolsonaristas, o ex-juiz deve se entregar de corpo e alma à política. Para Moro, é a alternativa que resta no momento.

    Por isso, apesar de todas as divergências, Bolsonaro prefere ter o ministro da Justiça a seu lado até quando for possível, quem sabe até 2022. Melhor tê-lo por perto do que se arriscar a ver Moro deixar o governo e se lançar candidato. Para o próximo pleito presidencial, uma alternativa considerada ideal pelos bolsonaristas é rifar o general Hamilton Mourão, que já foi acusado de conspirar contra o governo, e colocar Moro como vice na chapa à reeleição. A avaliação é que ela seria imbatível. O problema é conciliar duas agendas tão diferentes. Bolsonaro cobra uma lealdade cega de todos os seus comandados. Quem não segue sua cartilha simplesmente é descartado — basta lembrar os casos de Gustavo Bebianno e do general Santos Cruz. Ambos caíram porque não seguiram a regra de apoio incondicional ao capitão e a seus filhos influentes e complicados. Para Moro, firmar um pacto de sangue com o bolsonarismo pode significar fazer vistas grossas a episódios como o de Fabrício Queiroz e as célebres rachadinhas dentro do gabinete de Flávio Bolsonaro. Seria o passo em falso para enterrar de vez o prestígio já arranhado do herói nacional da luta contra a corrupção.

    Continua após a publicidade
    RJ, 03/01/2019, Polícia Civil / Posse
    ADVERSÁRIO - O governador Witzel: ambições eleitorais e retaliação do PSL (Roberto Moreyra/Agência O Globo)

    Sem ter muito para onde ir, o melhor para Moro é jogar o problema para a frente e tatear apoios e possibilidades aos poucos. Em uma entrevista recente, Bolsonaro disse que Moro era ingênuo ao chegar a Brasília. Era e ainda é, ressaltou. Os auxiliares do ministro concordam com esse diagnóstico, mas observam que o chefe aprende rápido. A VEJA, eles disseram que Moro já aprendeu, por exemplo, a mapear os movimentos políticos, registrando quem são seus adversários. A lista é extensa. Nela, destacam-se Dias Toffoli e os chamados ministros garantistas do STF, como Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, que são contra pilares da Lava-Jato, como as prisões preventivas alongadas e a execução da pena após condenação em segunda instância. Para Moro, foi Dias Toffoli quem levou ao conhecimento de Bolsonaro seu pedido para que julgasse a liminar que suspendeu as investigações criminais abertas com base em dados completos de órgãos de controle.

    Os filhos mais velhos do presidente (e aí mora o perigo para o ex-juiz) também estão no rol dos oponentes. O senador Flávio e o vereador Carlos Bolsonaro, segundo interlocutores de Moro, sempre falaram mal do ministro para o pai. Os dois teriam o costume de dizer que Moro é arrogante, “se acha” e não defende o governo quando deve. Flávio e Carlos, como alguns ministros palacianos, esgrimem a tese de que Moro trairá Bolsonaro e sairá candidato em 2022. Outra autoridade que atuaria nos bastidores contra o ministro, conforme relatos de seus auxiliares, seria o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Como evidência disso, citam a tentativa de criação da CPI da Vaza-Jato, com o objetivo de investigar o conluio do então juiz Moro com procuradores da força-tarefa de Curitiba. O ministro, que não quer por motivos óbvios a instalação da CPI, acha que Maia deixa o caso em banho-maria, sem arquivá-lo definitivamente, como forma de desgastá-lo. Ou pressioná-lo.

    arte-tropa-iphone

    Continua após a publicidade

    A disputa entre bolsonaristas e lavajatistas é a primeira desavença séria do mais novo capítulo da história política do país. Durante duas décadas, o Brasil conviveu com apenas dois projetos sólidos de poder: o dos tucanos, que governaram entre 1995 e 2002, e o dos petistas, que exerceram o poder entre 2003 e 2016. A eleição de 2018 consagrou um novo fenômeno, o bolsonarismo, que conquistou a Presidência da República e impulsionou uma onda conservadora nos governos estaduais e nas duas Casas do Congresso. A Lava-Jato foi um fator decisivo nesse processo, revelando os casos de corrupção que implodiram primeiro o PT, depois o PSDB. Foi ela que pavimentou o caminho para a vitória de um outsider como Bolsonaro.

    Mas o fato é que o lavajatismo tem características diferentes das do bolsonarismo. No seu estado mais puro, ele se resume a um combate incansável à corrupção, de todos os partidos. O bolsonarismo, além de propor uma agenda mais liberal na economia, quer mudar os costumes, baseado em valores evangélicos. É contra o aborto, o casamento gay e outras liberdades individuais. Em relação à batalha contra a corrupção, ambos concordam, até o momento, que as denúncias batem à porta da família do presidente. Aí começam os problemas — e as divisões.

    Tudo fica maior, evidentemente, quando de forma prematura o ocupante do Palácio do Planalto passa a mirar, a três anos do pleito, a eleição de 2022. Bolsonaro, que dizia não querer disputar um novo mandato, volta-se contra todos que demonstram o desejo de chegar à Presidência. Por enquanto, são poucos os pré-candidatos especulados — caso dos governadores João Doria, de São Paulo, e Wilson Witzel, do Rio, que fizeram campanha para Bolsonaro em 2018. Tão logo os dois deixaram claras suas ambições, o presidente passou a atacá-­los. Bolsonaro disse que Doria mamou nas tetas do governo do PT por ter comprado um jatinho com financiamento do BNDES. Já Flávio Bolsonaro exortou o PSL a deixar a base de apoio de Witzel. Os governadores agora são considerados traidores — e o presidente costuma ser implacável com quem ele considera desleal. Moro ainda não é enquadrado nessa categoria, mas é certo que, se se decidir pela própria candidatura presidencial, passará imediatamente à condição de inimigo. A VEJA, o líder do PSL na Câmara, deputado Delegado Waldir, fez o seguinte diagnóstico: “O Moro tem uma bancada maior que a do governo. Ele tem mais credibilidade que o presidente porque é um herói nacional. Colocou na cadeia um presidente da República, governadores, parlamentares e os maiores empresários do país. O presidente é um fenômeno eleitoral e político, mas ele vai ter de construir esse papel de herói. O Moro já tem um trabalho mostrado”. O capitão sabe do potencial de estrago se decidir transformá-lo de vez em inimigo. A exemplo das vésperas das grandes batalhas, bolsonaristas e lavajatistas fazem no momento um jogo tático, tentando antecipar os movimentos do adversário. A grande batalha pode começar a qualquer momento.


    Continua após a publicidade

    SIMBIOSE IMPERFEITA

    Em oito meses de governo, o presidente Bolsonaro e o ministro Sergio Moro acumularam atritos que alimentaram muitas especulações e intrigas e também deixaram claro que, por enquanto, um ainda depende muito do outro

    Lava-Toga
    Moro nunca se posicionou claramente sobre a possibilidade de uma CPI para investigar supostas irregularidades cometidas por ministros de tribunais superiores, o que é interpretado como um aceno de apoio. Bolsonaro é contra a instalação da CPI por considerá-la um fator de instabilidade na relação com o Judiciário

    O cerco ao amigo
    Aliado de Bolsonaro, o deputado Hélio Negão foi envolvido numa investigação conduzida pela Polícia Federal no Rio de Janeiro. Ao saber que se tratava de um homônimo do parlamentar, o presidente interpretou a ação como um complô para atingi-lo. Bolsonaro instou Moro a demitir o diretor-geral da PF. Já o ministro determinou a abertura de investigação para apurar responsabilidades. O superintendente da PF no Rio foi substituído

    Derrota no Congresso
    No seu projeto de combate ao crime organizado e à corrupção, Moro considerava o Coaf, órgão de inteligência financeira, fundamental para sedimentar o trabalho de investigação. O Congresso, porém, retirou o Coaf da Justiça. O ministro viu no ato uma maneira de enfraquecê-lo politicamente e detectou a falta de esforço do governo para evitar a mudança

    Continua após a publicidade

    Caso Queiroz
    O presidente queixa-se de que Moro nunca defendeu publicamente o senador Flávio Bolsonaro, suspeito de recolher parte do salário de seus funcionários quando era deputado na Assembleia Legislativa do Rio. Bolsonaro ficou irritadíssimo ao saber que o ministro estivera com Dias Toffoli, presidente do STF, e lhe pedira que acelerasse o julgamento de uma decisão que contrariava os interesses de seu filho Zero Um

    Poder reduzido
    Nas últimas semanas, espalhou-se no governo a versão de que o Ministério da Justiça seria dividido em dois. Na nova configuração, Moro ficaria apenas com a parte administrativa, o que esvaziaria completamente suas funções. A ideia, segundo assessores do ministro, estaria sendo disseminada por um militar de alta patente com acesso ao Planalto

    Armas
    Bolsonaro defendeu a ampliação do porte de armas a diversas categorias profissionais. Em um parecer encaminhado à Casa Civil, Moro considerou que não havia base legal para sustentar a medida. Recebeu o recado de que a extensão do porte era uma ordem do presidente e teve de recuar. O decreto acabou revogado por pressão do Congresso

    Ministério Público
    Pela natureza do cargo, é natural que o ministro da Justiça seja ouvido sobre a escolha do futuro procurador-geral da República. Bolsonaro indicou Augusto Aras sem consultar Moro, que tinha um candidato que nem sequer entrou na lista de nomes analisados pelo presidente

    Atentado a faca
    Bolsonaro acredita que o atentado a faca contra ele durante as eleições foi parte de uma conspiração política e acusa a Polícia Federal de não ter se empenhado o suficiente para desvendar a trama. Até agora a PF concluiu que o criminoso agiu sozinho

    Com reportagem de Marcela Mattos e Nonato Viegas

    Publicado em VEJA de 25 de setembro de 2019, edição nº 2653

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco
    Continua após publicidade

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Continua após publicidade

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Continua após publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.