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Bolsonaro diz formar partido em um mês se aprovada assinatura digital

Presidente afirmou que depende de aval do Tribunal Superior Eleitoral sobre coleta digital de apoios

Por Da Redação 22 nov 2019, 11h25

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira, 22, que poderá tirar do papel seu partido, o Aliança pelo Brasil, em um mês, se for “positivo” o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre coleta eletrônica de assinaturas. “Se for positiva, forma num mês o partido. Se não for, vai demorar alguns meses, longos meses”, afirmou Bolsonaro.

Para ser registrado oficialmente e poder disputar eleições, ainda será necessária a coleta de cerca de 500 mil assinaturas, em pelo menos nove estados. O prazo para que o partido seja registrado a tempo de concorrer nas eleições municipais do ano que vem é apertado e termina em março de 2020. A expectativa é de que Bolsonaro possa ser o principal fator de mobilização para conseguir os apoios necessários.

Em parecer ao TSE, o vice-procurador-geral Eleitoral, Humberto Jacques, se manifestou contra a coleta de assinaturas digitais para criar siglas. Crítico do voto eletrônico, Bolsonaro fez um questionamento na quinta-feira, 21: “o voto pode, assinatura não pode? De acordo com a decisão, a gente vai saber se forma [o partido] para março ou para o final do ano que vem”, disse o presidente. “Se passar só para biometria também ajuda. acho que maior parte dos eleitores estão na biometria, daí a gente resolve isso aí”, afirmou Bolsonaro nesta sexta.

O presidente também comentou sobre o projeto de lei que trata de excludente de ilicitude para agentes em ações de Garantia e Lei da Ordem (GLO). Ele não quis comentar qual é sua expectativa sobre aprovação do texto..

“Não sei [se haverá resistência]. Existe a reação da esquerda. O falso direitos humanos [sic]. Qualquer problema é culpa da polícia. Tivemos estados onde a polícia não foi para a rua, vê a desgraça que aconteceu. Temos de prestigiar o policial”, disse Bolsonaro. “Não posso [especular quando vai ser aprovado]. Fiquei 28 anos lá dentro [do Congresso]. Tem projeto meu [tramitando] desde quando assumi em 1991”, afirmou.

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No lançamento oficial da Aliança pelo Brasil nesta quinta-feira, 21, Bolsonaro criticou o PSL, sua antiga sigla pela qual chegou à Presidência da República em 2018, e disse que a nova legenda que irá criar não terá dono nem gente que queira “fazer do partido um negócio para eles”. Ele disse que se tivesse tomado a iniciativa de criar um partido já para a eleição de 2018, talvez o seu desempenho tivesse sido ainda melhor.

(Com Estadão Conteúdo)

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