O presidente Jair Bolsonaro afirmou na sexta-feira, 20, que participará de um jantar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante passagem pelo país para participar da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, na próxima semana. “A previsão é sair daqui na segunda e na madrugada de quarta estar de volta. Tem um jantar que devemos comparecer. Estaremos ao lado do Trump, motivo de honra. Tenho conversado muito com ele. Sobre os mais variados assuntos”, disse Bolsonaro.
Quatro dias após receber alta hospitalar, o presidente foi liberado ontem pela equipe médica para viajar. “Nosso presidente está pronto para o combate, e a viagem para Nova York está assegurada”, afirmou o porta-voz da Presidência da República, Otávio do Rêgo Barros. A comitiva brasileira partirá de Brasília na segunda-feira. O discurso de Bolsonaro na assembleia da ONU está previsto para terça-feira, 24.
Bolsonaro afirmou que não responderá, em seu discurso na ONU, a fundos de investidores que pediram em carta “ação urgente” para conter os “incêndios devastadores” na Amazônia. . O presidente voltou a dizer que, em gestões passadas, terras no Brasil eram demarcadas quando um governante voltava de eventos internacionais. “Todas as vezes que chefes do Brasil foram para fora em eventos como Osaka, Davos, voltavam pra cá demarcando mais terras indígenas, criando parques nacionais e inviabilizando o Brasil”. Segundo Bolsonaro, a pressão internacional visa minar o agronegócio e derrubar a economia do País.
O presidente viajará com alguns dos ministros mais próximos. Entre eles, os titulares do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. A primeira-dama Michelle também integrará a comitiva, além do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente e cotado para assumir a embaixada do Brasil em Washington, e o senador Nelsinho Trad (PSD-MS). O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, já está nos Estados Unidos e acompanhará o presidente na ONU. O chanceler Ernesto Araújo se encontrará com a comitiva em Nova York.
Saúde
O médico Antonio Macedo, responsável pela cirurgia a que Bolsonaro foi submetido no dia 8, disse que o presidente deverá seguir algumas recomendações durante a viagem aos Estados Unidos, como usar uma meia elástica e tomar injeções diárias anticoagulantes. Os principais riscos do deslocamento de quase nove horas até Nova York, afirmou, envolvem problemas vasculares. Segundo boletim médico, Bolsonaro se encontra em “excelentes condições clínico-hospitalares”.