Ministro do Turismo é exonerado para assumir mandato na Câmara
Marcelo Álvaro Antônio deixa temporariamente as funções no Executivo
Marcelo Álvaro Antônio (PSL), foi exonerado do cargo de ministro do Turismo, em ato assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira 6. Ele deixa temporariamente as funções para assumir o mandato para o qual foi eleito na Câmara dos Deputados.
O ministro era o único integrante do primeiro escalão do governo que ainda não tomou posse. Segundo a Casa Civil, Álvaro Antônio estava de licença médica. Pelo Twitter, o ministro afirmou que volta às suas funções nesta quinta-feira, 7.
Para assumir no Legislativo, é necessário ser formalmente exonerado do cargo no Executivo. Ao voltar para o ministério, a vaga na Câmara é aberta para um suplente. O prazo para os novos deputados assumirem é de 30 dias.
Na sexta-feira 1º, os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Tereza Cristina (Agricultura) e Osmar Terra (Cidadania) também haviam sido exonerados para assumir na Câmara e depois voltaram aos seus cargos.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Antônio desviou recursos nas últimas eleições em um esquema de candidaturas “laranjas” no estado Minas Gerais. Questionado sobre o caso, o vice-presidente Hamilton Mourão declarou que a história “se for verdadeira, é grave”.
Segundo a denúncia da Folha de S. Paulo, Antônio usou quatro candidaturas de mulheres para direcionar verbas públicas de campanha para empresas ligadas a seus assessores.
Por meio de sua assessoria, o político afirmou que “a distribuição do fundo partidário do PSL de Minas Gerais cumpriu rigorosamente o que determina a lei” e que “refuta veementemente a suposição com base em premissas falsas de que houve simulação de campanha com laranjas no partido.”
“Fazer ilações sobre o valor gasto por qualquer candidato e a quantidade de votos que o mesmo conquistou é, no mínimo, subestimar a democracia e o poder de análise dos eleitores”, declarou.