O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou neste domingo, 25, que não houve tentativa de golpe de Estado durante seu governo e que as investigações em andamento contra ele seriam “perseguição” por parte da Justiça. A fala ocorreu durante manifestação de apoio ao ex-mandatário na Avenida Paulista, em São Paulo.
Em seu discurso, Bolsonaro negou ter conspirado com ministros para articular uma tomada de poder em caso de derrota eleitoral em 2022. “O que é golpe? É tanque na rua, é arma, é conspiração. É trazer classes políticas para o seu lado, empresariais. É isso que é golpe. Nada disso foi feito no Brasil”, afirmou o ex-presidente. Ele também classificou o documento que circulou em seu governo com instruções para anular o resultado das eleições – que ficou conhecido como “minuta do golpe” – seria apenas um “decreto de estado de defesa” que não poderia ser instituído sem autorização do Parlamento.
O ex-mandatário criticou, ainda, as sucessivas denúncias apresentadas contra ele, incluindo o caso das joias sauditas, a remessa de vastas quantias de dinheiro ao exterior e o caso da importunação de uma baleia em Santa Catarina. “Passei quatro anos perseguido também enquanto presidente da República, e essa perseguição aumentou a sua força quando deixei a presidência”, afirmou.
Anistia
Além de negar a conspiração para um golpe de Estado, Bolsonaro fez um apelo ao Congresso por um projeto de anistia aos presos por participação nos atentados de 8 de janeiro de 2023, quando centenas de seus apoiadores invadiram e destruíram os prédios dos Três Poderes, em Brasília. “Quem por ventura depredou o patrimônio, que nós não concordamos com isso, que pague, mas essas penas fogem ao mínimo da razoabilidade”, afirmou.
O ex-presidente discursou ao lado de aliados e ainda exaltou a atuação de ex-integrantes de seu governo, como o ex-ministro da Infraestrutura e atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes (PL-SP), atual senador da República.