O presidente Jair Bolsonaro (PSL) enviou ao Congresso um pedido para autorizar a compra de carros oficiais novos para ele, o vice-presidente Hamilton Mourão e seus antecessores na Presidência da República. Na mensagem, o governo menciona a necessidade de “modernizar a frota” dos veículos. É a primeira mensagem do atual governo para alterar o texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2019.
A autorização do Congresso é necessária porque, no ano passado, os parlamentares retiraram da LDO a permissão para compra de veículos oficiais para o presidente, seu vice e antecessores. O projeto encaminhado pelo governo restabelece a prerrogativa. Paulo Guedes, ministro da Economia, justificou que a medida atende a ofício do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsável pela segurança de Bolsonaro.
Os ex-presidentes Michel Temer, Dilma Rousseff, Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso, Fernando Collor e José Sarney também terão uma nova frota de carros. Lula, mesmo preso em Curitiba desde 7 de abril do ano passado, conseguiu por meio de liminar manter o direito aos veículos oficiais.
No fim do ano passado, Michel Temer abriu uma concorrência para renovar a frota no valor de 5,6 milhões de reais que já atenderia o atual governo. Segundo o GSI, o edital está em fase de conclusão e prevê a aquisição de doze blindados para o presidente e o vice. Nesse processo não há previsão de carros para ex-presidentes.
Para respaldar a compra, o então ministro do GSI, Sérgio Etchegoyen, argumentou na época que haveria necessidade de “redimensionar” a segurança do presidente e do vice após o atentado sofrido por Bolsonaro durante a campanha eleitoral em Juiz de Fora, Minas Gerais.
Além dos doze blindados contra tiros de submetralhadoras e pistolas 9 milímetros, outros dezoito automóveis do mesmo modelo e marca poderão ser adquiridos para atender o atual governo. Eles ficarão à disposição para uso em Brasília e outros estados, como Rio de Janeiro, base eleitoral do presidente.
(Com Estadão Conteúdo)