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Bolsonaro: ‘Presidente da Petrobras está 11 meses em casa, sem trabalhar’

A apoiadores, presidente também criticou salário do atual comandante da petrolífera e o mercado: 'O petróleo é nosso ou é de um pequeno grupo no Brasil?'

Por Da Redação Atualizado em 22 fev 2021, 13h55 - Publicado em 22 fev 2021, 11h26

O presidente Jair Bolsonaro criticou, em conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada nesta segunda-feira, 22, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, que deixará o comando da estatal em março, por desejo do próprio presidente, que decidiu não renovar a sua indicação — ele escolheu o general Joaquim Silva e Luna, atual presidente da Itaipu Binacional, para sucedê-lo.

Bolsonaro fala sobre Petrobras

“O atual presidente da Petrobras está onze meses em casa, sem trabalhar. Trabalha de forma remota (home office). Agora, o chefe tem que estar à frente, bem como os diretores. Para mim isso é inadmissível. Descobri isso em poucas semanas. Imagine o presidente (da República) em casa com medo da Covid-19, ficando o tempo todo aqui no Alvorada, não justifica isso daí. Inclusive o ritmo de trabalho de muitos servidores lá está diferenciado. Ninguém quer perseguir servidores, muito pelo contrário”, disse.

Ele também questionou o salário de Castello Branco: “Alguém sabe quanto ganha o presidente da Petrobras? Alguém tem ideia? Chuta bem alto”, disse ao grupo de simpatizantes. Depois de um apoiador dizer 50 mil reais, Bolsonaro respondeu: “50 mil por semana? É bem mais que isso por semana. Não quero que ganhe dez mil por mês também não, tem que ser uma pessoa qualificada. Mas não ter esse tipo de política salarial lá dentro para ficar trabalhando em casa. Pode até estar fazendo um bom trabalho de casa, mas para mim não justifica essa ausência da empresa”, afirmou.

O presidente defendeu o fato do seu indicado para assumir o cargo, Joaquim Silva e Luna, ser um militar. “Ele é um general sim. Estava à frente da Itaipu Binacional por dois anos. Saneou toda a empresa, só no ano passado fez um investimento de 2,5 bilhões de reais em obras. Entre essas obras, duas pontes para o Paraguai. A extensão da pista (do aeroporto) de Foz Iguaçu, que vai começar a receber voos internacionais. Bem como atendeu mais de vinte municípios com as mais variadas obras. Isso não é eficiência?”, indagou.

Bolsonaro também questionou a política de preços da Petrobras. “Eu não consigo entender, num prazo de duas semanas, ter um reajuste do diesel em 15%. Não foi essa a variação do dólar lá fora, nem do preço do barril lá fora. Então tem coisa aí que tem que ser explicada”. Mas depois ressaltou que “ninguém vai interferir na política de preços da Petrobras”. “O que eu quero da Petrobras é transparência e previsibilidade”.

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Bolsonaro também criticou o mercado financeiro.”Dia 20 de março encerra o prazo da vigência do (mandato do) atual presidente. É direito meu reconduzi-lo ou não, ele não será reconduzido. Qual o problema? É sinal que alguns do mercado financeiro estão muitos felizes com a política que só tem um viés na Petrobras: atender aos interesses próprios de alguns grupos no Brasil, nada mais além disso”, afirmou. “O petróleo é nosso ou é de um pequeno grupo no Brasil?”, perguntou.

 

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