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Bolsonaro: ‘Quem é de direita toma cloroquina, quem é esquerda, tubaína’

Presidente anunciou que o ministro interino da Saúde vai assinar novo protocolo para permitir uso da cloroquina em pacientes em estágio inicial de Covid-19

Por Da Redação Atualizado em 19 Maio 2020, 22h21 - Publicado em 19 Maio 2020, 22h10
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  • O presidente Jair Bolsonaro anunciou, em live na noite desta terça-feira, 19, que o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, vai assinar nesta quarta um novo protocolo para permitir o uso da cloroquina em pacientes em estágio inicial de contágio do coronavírus.

    Bolsonaro disse que o documento não obriga ninguém a ser medicado com a substância, mas dará a liberdade para que ele faça uso do remédio caso julgue necessário. Atualmente, o protocolo adotado pela pasta prevê o uso da droga somente por pacientes graves e críticos.

    Ao falar sobre o assunto, o presidente fez piada: “O que é a democracia? Você não quer? Você não faz. Você não é obrigado a tomar cloroquina. Quem é de direita toma cloroquina. Quem é de esquerda toma Tubaína”, em referência a uma marca de refrigerante.

    O presidente aproveitou a ocasião para ironizar o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, que foi diagnosticado com a Covid-19. O político do PSB tem criticado a postura de Bolsonaro diante da crise sanitária. “Eu acho que quem falou que era veneno, não pode tomar. O governador pode tomar a cloroquina. Pode ser que não precise. Mas, no seu lugar, eu tomaria”, disse.

    Bolsonaro admitiu que, no futuro, pode ser medicamento seja reconhecido como apenas uma espécie de placebo no combate à doença. Ele acrescentou, porém, que a comunidade médica também pode chegar à descoberta de que a substância foi útil para curar infectados pelo coronavírus. Ainda não há evidências científicas da eficácia da cloroquina para combater a Covid-19.

    A divergência em torno do uso da cloroquina é apontada como o principal motivo da saída do oncologista Nelson Teich do comando da Saúde, na semana passada.

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    Novo ministro

    Sobre a indicação de um novo ministro da Saúde, Bolsonaro disse que não tem pressa e fez elogios ao interino na pasta, o general Eduardo Pazuello. Segundo o presidente, Pazuello seguirá no comando da pasta.

    “Por enquanto, deixa lá o general Pazuello, está indo muito bem, uma pessoa inteligente. É um gestor de primeira linha, graças a ele tivemos a Olimpíada do Rio de Janeiro. Ele foi o coordenador da Operação Acolhida, do pessoal que vem da Venezuela”, destacou.

    General do Exército, Pazuello foi nomeado para o segundo cargo mais alto da hierarquia ministerial no último dia 22, após Nelson Teich assumir o ministério no lugar de Luiz Henrique Mandetta e deixar o cargo em pouco menos de um mês.

    Especialista em logística, o militar foi coordenador logístico das tropas do Exército durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, além de ter coordenado a Operação Acolhida, que presta assistência aos imigrantes venezuelanos que chegam a Roraima fugindo da crise política e econômica no país vizinho.

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    Volta do futebol

    Durante a entrevista, Bolsonaro também comentou que recebeu mais cedo, no Palácio do Planalto, os dirigentes do Flamengo e do Vasco da Gama, clubes que defendem a volta do futebol no país, paralisado em função da pandemia do novo coronavírus. Estiveram com Bolsonaro os presidentes do Flamengo, Rodolfo Landim, e do Vasco, Alexandre Campello, entre outros integrantes dos clubes.

    “Eu conversei com a cúpula do Flamengo, hoje, e tinha também o presidente do Vasco da Gama. Eles querem voltar a jogar futebol. Então, conversamos com o Ministério da Saúde, para ter um protocolo para abrir, ter um certo regramento, começa sem ninguém na arquibancada”, afirmou o presidente.

    Com Agência Brasil

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