A morte do advogado e ex-presidente do PSL Gustavo Bebianno, na madrugada deste sábado 14, de infarto, provocou manifestações de solidariedade de autoridades e partidos políticos. O presidente Jair Bolsonaro, que demitiu Bebianno nos primeiros meses de governo, e os filhos Flávio, Carlos e Eduardo, todos políticos, ainda não se pronunciaram. Bebianno foi enterrado na tarde de hoje em Teresópolis. O governador de São Paulo João Doria e o presidente do PSDB no Rio Paulo Marinho acompanharam o cortejo.
Pelas redes sociais, o vice-presidente Hamilton Mourão lamentou a morte. “Transmito meus pêsames à família de Gustavo Bebianno, que esteve conosco desde os primeiros momentos da campanha vitoriosa de Jair Bolsonaro. Eventualmente, a política nos afasta, mas não apaga jamais o bom combate que travamos juntos”, declarou.
Pela manhã, o governador João Doria (PSDB) disse que a morte do advogado “surpreende a todos”. Aos 56 anos, Bebianno morreu após passar mal em sua casa de campo em Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro. O advogado havia se filiado ao PSDB e era pré-candidato à prefeitura do Rio.
“Com profundo pesar recebi a notícia da morte de Gustavo Bebianno. Seu falecimento surpreende a todos. O Rio perde, o Brasil perde. Bebianno tinha grande entusiasmo pela vida e em trabalhar por um País melhor. Meus sentimentos aos familiares e amigos nesse momento de dor”, disse Doria.
O ex-ministro da Secretaria de Governo, Carlos Alberto Santos Cruz, lembrou a atuação de Bebianno na campanha de Bolsonaro, em 2018. Assim como o advogado, Santos Cruz foi defenestrado do primeiro escalão do governo após ter sido atacado pelo vereador Carlos Bolsonaro, o filho Zero Dois. “É com tristeza que tomo conhecimento do falecimento de Gustavo Bebiano. Tenho certeza de que ele foi muito importante na campanha para as eleições de 2018. Ministro leal, corajoso e equilibrado. Condolências aos familiares. Que ele esteja em paz e em lugar seguro junto a Deus”, disse o general em suas redes sociais.
A líder do PSL na Câmara dos Deputados, Joice Hasselmann (PSL-SP), declarou que lamenta a morte do advogado, “um homem leal, amigo e decente”. “Foi injustiçado, maltratado, ofendido. Ele pretendia provar, nos próximos meses, que sempre disse a verdade”, afirmou a parlamentar.
Fiel ao perfil polêmico, o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-RJ) foi às redes sociais lamentar a morte do aliado. Ele lembrou que Bebianno deixou o governo rompido com a família Bolsonaro, mas também como guardião de segredos da campanha que levou Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto. “Bebianno se foi e com ele muitas verdades. O desgosto da vida matou Bebianno. Para uns e outros hoje vai ter festa no Palácio. Para amigos e família, a saudade, e para o Brasil uma voz importante que se calou. Triste”, afirmou.
O controverso ministro da Educação de Bolsonaro, Abraham Weintraub, foi ponderado ao se manifestar sobre a morte. “Nesse momento, deixo no passado divergências. Manifesto meus sentimentos à família e desejo que ele esteja em paz, em um lugar melhor”, declarou, também nas redes sociais.
A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL), afirmou que “o Brasil perdeu um homem bom, um homem que trabalhou intensamente pelo bem deste país e nunca se revoltou por ter sido injustiçado. Há muito tempo, não sinto tanto uma morte. Bebianno era um espiritualista. Que descanse um pouco e logo comece a trabalhar em planos superiores”.
O ex-prefeito do Rio, Eduardo Paes, lamentou a morte. “Nos últimos meses vínhamos conversando muito sobre o Rio e aquilo que nos unia: o grande amor a essa cidade. Especialmente a sua família e seus companheiros de PSDB, manifesto o meu mais profundo pesar”, disse. O PSDB também emitiu nota de pesares.
O PSL declarou, em nota, que “lamenta a morte de Gustavo Bebianno”. “Bebianno comandou o PSL durante o período eleitoral de 2018. Enviamos nossas condolências aos familiares e amigos”, disse a legenda. O presidente da sigla, Luciano Bivar, afirmou que Bebianno, ainda que morto jovem, “teve tempo para colaborar com sua parcela de cidadão e patriota”.