Apoiadores de Geraldo Alckmin (PSDB) foram convocados por membros da campanha dele nesta terça-feira, 21, a entrar “em guerra” nas redes sociais com eleitores do concorrente Jair Bolsonaro (PSL).
O coordenador de mídias sociais de Alckmin, Fabricio Moser, instou cabos eleitorais a se engajar fortemente na campanha feita no Facebook e pelo WhatsApp. Ele orientou os presentes a entrar no “exército de Alckmin no Rio de Janeiro” e aderir à “guerra” contra apoiadores de Bolsonaro, argumentando que o perfil do tucano no Facebook sofreu “ataques de bolsominions”.
A fala de Moser foi feita a cerca de 800 pessoas, entre as quais cabos eleitorais e candidatos a deputado pelo PSDB e partidos coligados no Rio, DEM, PP, PTB, Solidariedade e PPS.
Moser ensinou a plateia a reagir às postagens do tucano com o ícone “uau” (um emoticon de boca aberta), para “equilibrar a estética dos posts”, que recebem reações com emoticons de raiva dos eleitores de Bolsonaro. Afirmou ainda que textos de campanha devem ser compartilhados pelo WhatsApp. “Ele tem muito robô e a galera dele vai lá e faz o que tem que fazer”, afirmou Moser sobre Bolsonaro.
Alckmin chegou ao evento às 15 horas. A pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada na segunda-feira, 20, mostrou que Alckmin está no quarto lugar nos cenários com e sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso pela Lava Lato e ainda na dependência de posicionamento da Justiça sobre sua candidatura.
Sem Lula, Bolsonaro tem 20% das intenções de foto, e aparece em primeiro lugar. Depois vêm Marina Silva (Rede), com 12%, e Ciro Gomes (PDT), com 9%. O tucano está com 7%, numericamente à frente de Fernando Haddad (PT), que tem 4%. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais. O levantamento foi registrado no TSE sob o número BR-01665/2018.
No levantamento em que Lula é incluído, 37% dos entrevistados disseram votar no petista, 18% em Bolsonaro, e 6% em Marina. Alckmin e Ciro aparecem empatados com o porcentual de 5%. O ex-governador de São Paulo é o terceiro em índice de rejeição (25%), atrás de Bolsonaro (37%) e Lula (30%).