Em 6 de outubro, ocorrerão as eleições municipais no Brasil, com mais de 461 mil candidatos concorrendo aos cargos de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em 5.569 municípios. Um estudo do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), feito com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), analisou o perfil racial das candidaturas. Este ano, 45,64% dos candidatos se declararam brancos, 41,34% pardos, 11,39% pretos, 0,55% indígenas e 0,39% amarelos.
Apesar da porcentagem baixa, o número de indígenas concorrendo ao pleito saltou de 2.172, em 2020, para 2.479, o que representa um aumento de 14,13%. O crescimento foi notado em todas as regiões do Brasil, mas é o estado Roraima que concentra a maior proporção dos candidatos (7,1%). No país, a maioria dos indígenas que disputam um cargo político é composta por homens (63,25%), e 41,87% deles estão afiliados a partidos de direita, enquanto 40,42% a partidos de esquerda.
Além do aumento de candidaturas indígenas, o estudo destaca a importância da declaração étnico-racial, introduzida pela primeira vez neste ano, como uma medida para combater fraudes e garantir que os candidatos estejam vinculados a territórios e comunidades indígenas.