Carlos Bolsonaro ataca Pablo Marçal e cita prisões do 8 de Janeiro
Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro questionou a postura do desafeto, durante julgamento no STF

Enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é julgado no Supremo Tribunal Federal (STF), seu filho, o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL), segue ativo e a todo vapor nas redes sociais. O alvo mais recente foi Pablo Marçal (PRTB), que nas últimas eleições à Prefeitura de São Paulo causou incômodo ao bolsonarismo, por atrair parte de seu eleitorado. O filho Zero Dois do capitão cobrou um posicionamento de Marçal sobre “os presos políticos de 8 de Janeiro”.
A ofensiva faz parte de um pacote de publicações feitas pelo vereador carioca durante o julgamento do pai, na tentativa de emplacar sua narrativa e dar o tom do debate online. Antes, Carlos já havia compartilhado a hashtag “#EleiçãoSemJBéGolpe” e disparado críticas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ao atacar “o tal do Marçal”, nas suas palavras, Carlos disse que mesmo pessoas com quem ele nunca teve “o mínimo de afinidade” se posicionaram sobre as prisões do 8 de Janeiro”, diferentemente do político do PRTB. “E este sujeito por onde anda? Sem ressentimentos ou brigas, apenas fatos. Onde estão as cobranças que fazem quando é com outro em absolutamente toda e qualquer situação?”, concluiu.
Mais um dia se passa e por onde anda o tal do Marçal se manifestando sobre os presos políticos de 8 de Janeiro. Até gente que nunca tive o mínimo de afinidade já se posicionou sobre a covardia diversas vezes, e este sujeito por onde anda? Sem ressentimentos ou brigas, apenas…
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) March 25, 2025
Ao longo dos últimos meses, Marçal e diferentes membros da família Bolsonaro trocaram farpas, especialmente desde a eleição municipal do ano passado. O episódio mais recente de desentendimento havia ocorrido no fim de janeiro. Na ocasião, Jair Bolsonaro afirmou durante entrevista que Marçal era “carta fora do baralho” para o pleito presidencial de 2026, e que tinha que “se controlar”.
No dia seguinte, Marçal rebateu as declarações do ex-presidente, lembrando que ele está “fora do jogo”, por ter sido declarado inelegível pela Justiça Eleitoral. Carlos, então, partiu para a tréplica em defesa do pai e chamou o desafeto de “Farçal”.