Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Solução é aumentar a multa e pena, diz chefe do ICMBio sobre queimadas

Em live de VEJA, Mauro Pires afirma que 'o que temos são incêndios provocados por pessoas' e em muitos casos 'indícios' de ser uma ação criminosa

Por Da Redação Atualizado em 20 set 2024, 14h20 - Publicado em 20 set 2024, 09h21

O presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires, afirmou, em entrevista ao programa Os Três Poderes, de VEJA, nesta sexta-feira, 20, que a solução para diminuir e combater as queimadas que atingem o país é “ampliar a multa, mas sobretudo aumentar a pena”, além de “conversar com as pessoas para que elas deixem de colocar fogo”, o que “pode se transformar em um caos”.

“Precisa deixar claro para a sociedade que nós não podemos mais ser coniventes com a expansão desses incêndios, porque isso traz prejuízos até para o próprio proprietário, se foi ele quem colocou fogo para limpeza do pasto. É com a soma dos esforços, colaborando o poder público, que nós vamos enfrentar essa situação”, afirmou, ressaltando que no momento não há “fogo natural” no país.

“Precisamos lembrar que o primeiro fator é que as pessoas estão colocando fogo. Nesse exato momento, nós não temos no Brasil nenhum fogo natural, nenhum incêndio provocado por raio, que poderia ser a causa desses incêndios. O que nós temos são incêndios provocados por pessoas e com alguma finalidade. E essa finalidade, em muitos casos, tem todos os indícios de ser criminosa”, salientou Pires.

O especialista falou também sobre a importância de o poder público e a sociedade entenderem que estamos passando por um processo de mudança climática e que as ferramentas usadas até hoje já não são mais suficientes. “A gente precisa mudar de fato a forma como a gente lida com esse assunto. Creio que aumentar o número de brigadistas, fortalecer os órgãos ambientais e fortalecer o poder de polícia é uma forma de a gente enfrentar, mas não é suficiente”, disse.

“É fundamental a gente saber lidar mais com o fogo. Eu tenho impressão que essa semana foi decisiva. O presidente (Lula) me ligou para mostrar a sua preocupação com aquele incêndio que ele estava observando (em Brasília). Isso mostra o compromisso que o presidente tem com essa agenda, mas sozinho ele não tem condições de fazer muita coisa. Daí a importância dos outros Poderes. Creio que a decisão do ministro Flávio Dino (do STF), assim como a presença dos presidentes da Câmara, do Senado e do Judiciário na reunião que o presidente chamou sinaliza que a gente precisa mudar de patamar, fazer um enfrentamento mais adequado e também trabalhar com a prevenção”, acrescentou o chefe do órgão.

Continua após a publicidade

O programa, com apresentação de Ricardo Ferraz e comentário dos colunistas Ricardo Rangel, Robson Bonin e Matheus Leitão, também vai abordar a corrida eleitoral pelo país e analisará as últimas pesquisas eleitorais divulgadas nas principais capitais, como São Paulo e Rio de Janeiro, o novo capítulo entre o bilionário dono do X, Elon Musk, e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

TERRA ARRASADA

Impulsionada pelo El Niño e pelas mudanças climáticas, a estiagem recorde que atinge e castiga o Brasil afeta 71% dos municípios, sufoca cidades com fuligem tóxica e pode durar mais três meses, conforme mostra capa de VEJA desta semana. Dados revelam que, em quarenta anos, o país perdeu 6,3 milhões de hectares de superfície de água, quase um terço do que tinha em 1985. A devastação também expõe o despreparo do governo diante da crise e atinge a imagem de Lula. Isso porque indica que a gestão não tinha política de prevenção, plano de contingência nem orçamento para enfrentar o problema.

Continua após a publicidade

AINDA UM HORÁRIO NOBRE

Há alguns anos, criou-se a impressão de que o horário eleitoral já não interferia mais nas disputas. A eleição deste ano, porém, mostra que esse tipo de propaganda ainda é uma arma importante nas campanhas. Três semanas após o início das inserções, candidatos com os maiores tempos de grade nas capitais deram saltos significativos nas pesquisas, caso de Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre e São Paulo. Na capital paulista, inclusive, levantamento do Paraná Pesquisas traz Ricardo Nunes (MDB) com 26,8%, seguido por Guilherme Boulos (PSOL), com 23,7%, e Pablo Marçal (PRTB), com 21%. Já na pesquisa Datafolha, o prefeito tem 27%, o deputado, 26%, e o coach, 19%. No Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD) lidera com 59% e Alexandre Ramagem (PL) foi a 17%.

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.