O Ministério Público do Rio avalia pedir a quebra de sigilo fiscal e bancário de outros três deputados estaduais, investigados com base no relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que, no ano passado, apontou movimentações suspeitas em contas correntes de assessores dos parlamentares.
Como VEJA publicou na quarta, 8, a Justiça autorizou o acesso de procuradores do Grupo de Atribuição Originária Criminal, ligado ao Procurador-Geral de Justiça, aos dados de oito deputados e de alguns de seus assessores. De acordo com o MP, os novos possíveis pedidos ainda estão sendo analisados.
Divulgado no fim do ano passado, o relatório do Coaf é o mesmo que verificou supostas irregularidades na conta de Fabrício José Carlos de Queiroz, ex-assessor do hoje senador Flávio Bolsonaro (PSL). As investigações relacionadas a Flávio e a outros dez ex-deputados estaduais estão sendo conduzidas em outra instância do MP, a 24ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da Capital, que já pediu a quebra de sigilos de parlamentares e funcionários de seus gabinetes.
O Grupo de Atribuição Originária Criminal é responsável pela investigação dos políticos que, na eleição do ano passado, mantiveram suas cadeiras na Assembleia Legislativa (Alerj). Entre os atuais deputados estaduais, os oito que foram citados no relatório do Coaf são Eliomar Coelho (Psol), Márcio Pacheco (PSC), Marcos Muller (PHS), Waldeck Carneiro (PT), Carlos Minc (PSB), Luiz Paulo (PSDB), Dr. Deodalto (DEM) e André Ceciliano (PT, presidente da Alerj).
O MP também instaurou 22 inquéritos civis, que apuram práticas de atos de improbidade administrativa.